Infraestrutura Marítima

Dragagem

A empresa pública Portos do Paraná vai investir R$ 403 milhões para remoção do assoreamento dos canais de acesso, bacias de evolução, berços públicos e fundeadouros, nos próximos cinco anos. A dragagem de manutenção que acontece entre julho e novembro incluirá as áreas Delta 1 e 2, Charlie 2 e 3 e interna B.

Área onde será realizada a dragagem

 

 
PERGUNTAS E RESPOSTAS
  • O que é dragagem?  É a retirada de areia e sedimentos do fundo do mar. A dragagem é necessária para que os portos possam receber os navios. Com o tempo, o material se acumula e prejudica a navegação.
  • Porque ela é necessária? Para dar segurança na navegação e o porto continuar funcionando. As obras de dragagem permitem que navios maiores cheguem até Paranaguá, o que gera mais negócios, empregos e renda na cidade.
  • Quais áreas serão dragadas? Os trechos Delta 1 e 2, Charlie 2 e 3 e interna B, como pode ser visto na figura acima.
  • Onde serão colocados os sedimentos retirados no fundo do mar? Em uma área localizada a mais de 20 km da Ilha da Galheta e da Ilha do Mel, distante das praias. O local foi definido por estudos justamente para o material retirado não retornar às praias, nem prejudicar a pesca. O controle desta operação terá auxílio de modernos equipamentos, capazes de acompanhar remotamente o deslocamento dos materiais despejados.
  • Quanto tempo vão durar as obras? 150 dias. De julho a novembro de 2019.
  • Quais os possíveis impactos? Podem acontecer o aumento temporário na turbidez da água e o afugentamento de peixes, mas de forma pontual e somente durante o período de dragagem.
  • O que os Portos do Paraná fazem para minimizar os impactos? Durante a dragagem não haverá restrições de navegação, nem de atividades de pesca, no estuário. Mas serão adotados cuidados adicionais de segurança para a entrada e saída dos navios. Os Portos do Paraná vão monitorar a qualidade das águas, dos sedimentos, o volume dragado, a gestão ambiental das dragas, o gerenciamento dos resíduos sólidos e efluentes gerados, além de realizar programas de comunicação social e educação ambiental.
 
Vídeo explicativo

 

Derrocagem

A obra para remoção de formações rochosas que são obstáculos para a navegação na entrada do Porto de Paranaguá teve o edital de contratação lançado em maio de 2019. O investimento previsto é de quase R$ 32 milhões com recursos próprios dos Portos do Paraná.

As rochas estão localizadas na área de manobra dos navios e limitam a profundidade na entrada da baia. Com a remoção, junto com os investimentos de dragagem, o porto terá ganhos operacionais efetivos.

Na obra, considerada emergencial, serão removidos seis maciços de rochas que somam 22,3 mil metros cúbicos. A menor delas tem 361 metros cúbicos e a maior 8 mil. As formações são parte de um complexo conhecido como Pedra da Palangana, com mais de 200 mil metros cúbicos, e está localizada no canal principal de acesso ao Porto de Paranaguá, um pouco à frente do Terminal de Contêineres.

 
COMO FUNCIONA?

O procedimento ocorrerá em várias etapas. Primeiro, um grupo de mergulhadores verifica se existem peixes ou outros animais marinhos nas rochas. Em seguida, utilizam um dispositivo que emite vibrações sonoras que repelem os organismos para fora da área de impacto das explosões.

A fim de garantir o menor nível de impacto possível aos organismos presentes na área a ser derrocada, antes da primeira explosão é realizado ainda o monitoramento acústico com um dispositivo sensível às frequências sonoras emitidas por golfinhos e botos e que permite identificar se ainda há algum desses animais próximos à região de impacto.

O passo seguinte é a instalação de uma cortina de bolhas que reduz o impacto da explosão e impede a reaproximação dos animais. Antes da detonação, os mergulhadores permanecem espaçados para continuar a verificação da área.

Na sequência, uma barcaça equipada com perfuradores se posiciona em cima das rochas e, então, faz furos nas pedras que são carregados com explosivos. Após a explosão, uma draga mecânica equipada com guindaste e grab (concha) ou escavadeira recolhe os pedaços menores das rochas e os deposita em uma barcaça com cisterna. No cais, outro guindaste pega as rochas da barcaça e carrega os caminhões que levam o material para o destino determinado pelo Ibama.

Todo o procedimento será acompanhado, desde a contratação até um ano após a conclusão da obra, por um monitoramento ambiental específico.

EXIGÊNCIA - O projeto básico desenvolvido pelos Portos do Paraná determina a utilização de explosivos menores, com malha com mais furos. Além disso, o as demais operações do porto não serão interrompidas durante todo o período. Outras exigências são que o responsável técnico seja um profissional com experiência nesse tipo de trabalho e que todas as licenças exigidas pelos órgãos ambientais sejam cumpridas.

Finalizada a derrocagem, a empresa fará uma batimetria de categoria A, que mede a profundidade da área e é usada para garantir a segurança e a eficiência do tráfego de embarcações. Os resultados desta medição serão encaminhados à Marinha para validação e determinação de um novo calado, que corresponde à altura de água necessária para o navio flutuar livremente.