Portos do Paraná
 Porto recebe a visita de bisneta do “Herói da Lapa” 23/03/2022 - 15:48

Prestes a completar 85 anos, dona Marly tinha o sonho de conhecer a Capitania dos Portos do Paraná e o cais do Porto de Paranaguá. Bisneta e filha de oficiais do Exército, neta de oficial da Marinha do Brasil, Marly dos Reis Príncipe Bizetto hoje (23) teve o pedido atendido pelas duas autoridades: a marítima e a portuária do Estado.

Nesta quarta-feira (23), pela manhã, vinda de Ponta Grossa, com as amigas Lígia Franco Mazur e Edite Bugisnki, Marly foi recebida pelo capitão dos portos do Paraná, Capitão de Mar e Guerra André Luiz Morais de Vasconcelos. “É muito gratificante, entre as tarefas do nosso dia-a-dia, poder honrar a família e a história”, comenta o capitão.

Depois da recepção, as três seguiram em veículo oficial da Marinha para uma visita ao cais do Porto de Paranaguá, de onde saíram encantadas. “Eu que nunca havia visitado sequer a cidade de Paranaguá, é uma surpresa. É uma maravilha”, diz a senhora.

O contato veio pelo setor de Relações Públicas da Capitania dos Portos do Paraná. Orgulhosa do histórico militar dos antepassados, a senhora buscou a Marinha do Brasil, revelando o desejo da visita.

“Eu pensei: poxa, eu sempre vou a todas as comemorações que acontecem na Lapa e não vou ao Porto para conhecer a realidade que era do meu avô? Eu tinha que vir visitar. Eu tenho um orgulho tremendo das forças armadas em geral”, revela dona Marly.

Ela menciona aquele município a 62 quilômetros da capital paranaense porque é bisneta do general Antônio Ernesto Gomes Carneiro (1846-1894), que entrou para a história como o “Herói da Lapa”, assim reconhecido durante a Revolução Federalista (1893-1895). O general Gomes Carneiro faleceu no “Cerco da Lapa”, data que é sempre lembrada no município.

“Já meu avô foi da Marinha. Comandante. Foi até Capitão dos Portos. Tibúrcio Marciano Gomes Carneiro. Ele se formou no Pará (Escola de Marinha Mercante do Pará), mas também atuou aqui. Na época, ele era o único que falava e escrevia japonês, na turma”, lembra, orgulhosa, a neta, que fez questão de trazer álbum de fotos e recortes dos momentos históricos, dos heróis da família.

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