Trabalhadores Portuários moram nos bairros mais atingidos de Itajaí 15/12/2008 - 11:30


Os cinco dias que a água inundou a casa foram suficientes para acabar com o pouco que poderia ser salvo. Até a louça do banheiro foi perdida. “Improvisei uma pia aqui na janela da sala e nós dormimos todos juntos, neste colchão, no chão”, contou.
Passado pouco tempo depois da tragédia, a família tenta limpar a casa e organizar o pouco que restou. “Perdemos até as lembranças. Não sobrou uma foto da família. E os nossos dois cachorros morreram afogados”, disse Sulami.

A cama ficou para que as filhas, uma de dois anos e outra de 10 anos, durmam. A esposa de Sandro, Fabiana Neves, conta que a família foi obrigada a fazer dívida e comprar mais um colchão. “Ele machucado e se recuperando das lesões não podia ficar dormindo no chão”, justificou. O chão da cozinha cedeu, a sala ficou completamente submersa e todos os eletrodomésticos estragaram. “Estou perdido, não sei o que fazer”, desabafou Sandro.
Fotos: Sâmar Razzak / Appa


