Retirada de módulos da Petrobras do Porto de Paranaguá exige manobra delicada 03/03/2010 - 09:00

Uma megaoperação para transportar - de Paranaguá para Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba - os módulos que comporão a nova Unidade de Reforma Catalítica da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) foi iniciada às 6 horas desta quarta-feira (03). A operação para o transporte dos equipamentos envolve cerca de 300 pessoas, entre técnicos da Petrobras, da concessionária que administra o trecho, a Ecovia, da Copel, Polícia Rodoviária Federal e da Superpesa, empresa especializada em cargas especiais.

A previsão é de que os módulos cheguem em Araucária daqui a uma semana. Ontem (02), os equipamentos foram retirados do cais do Porto de Paranaguá, onde estavam armazenados desde o dia 3 de dezembro. A delicada manobra de saída pelo portão da faixa portuária foi uma pequena mostra da complexidade do transporte das cargas nos cerca de 100 quilômetros entre Paranaguá e Araucária. Foi necessário, pelo menos, uma hora para retirar cada módulo.

As carretas - chamadas “linhas de eixos” – ficaram estacionadas em uma das pistas da Avenida Portuária, já posicionadas para sair da cidade e iniciar a subida da Serra do Mar.

De acordo com o coordenador de Projetos do setor de Engenharia da Repar, Carlos Freitas, nesta quarta-feira (03), o comboio deverá seguir até o km-29 da BR-277, na altura da praça de pesagem, em Morretes. As carretas ficarão estacionadas à margem da rodovia até a manhã de quinta-feira (04), quando reiniciam a viagem até o km-65, já em São José dos Pinhais. Segundo ele, há trechos, na saída de Paranaguá e no acesso para as praias, em que os caminhões terão que trafegar na contramão para desviar dos viadutos. As cargas viajarão a uma velocidade de 5 a 10 quilômetros por hora.

A Ecovia informou que as carretas farão o trajeto na contramão do km-0 ao km-10, retornando ao sentido normal da via a partir do km-11. Na chegada em São José dos Pinhais, logo após a praça de pedágio, as cargas novamente trafegarão na contramão em um percurso de cinco quilômetros. Durante todo o deslocamento equipes da Copel farão o corte de energia elétrica em diversos pontos da estrada para a passagem dos conjuntos transportadores. Foram realizadas 38 intervenções na rede elétrica, ao longo do trajeto, para viabilizar o transporte das peças.

A orientação da Ecovia é de que os motoristas redobrem a atenção ao trafegar pela BR-277, na região de Paranaguá e Morretes, na manhã e início de tarde desta quarta-feira, e durante a manhã e tarde de quinta-feira, na região de Morretes e São José dos Pinhais. De acordo com a concessionária, apesar de estarem programados pontos de paradas e operações especiais para liberação do tráfego, será inevitável trânsito bastante lento na rodovia nesses períodos.

Essa é a maior operação de transporte já realizada pela Petrobras, considerando o tamanho e peso das peças e toda a logística envolvida desde seu embarque em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, até o Porto de Paranaguá, e para subir a Serra do Mar até Araucária. Os módulos tem entre 24 e 27 metros de comprimento, entre 6,8 e 7,8 metros de largura e entre 7 e 7,7 de altura, sem contar as dimensões das carretas. Um navio foi fretado exclusivamente para o transporte do conjunto de equipamentos. Parte deles já havia sido transportada até à Repar, no mês passado.

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