Receita e Polícia Militar fiscalizam cargas no Porto de Paranaguá 25/09/2009 - 17:20

Fiscais da unidade da Receita Federal de Paranaguá e policiais da Companhia de Choque da Polícia Militar (PM), de Curitiba, realizaram esta semana, no Porto de Paranaguá, a operação “São Mateus” para combate ao tráfico de drogas e de armas. O trabalho de fiscalização em campo aconteceu durante a tarde e início da noite desta quinta-feira (24) em armazéns e terminais localizados nas proximidades do porto e dentro da faixa portuária.

A prioridade era fiscalizar cargas destinadas à exportação, que estavam acondicionadas em caixas e contêineres. No total, 15 pessoas participaram da operação, que contou com o apoio de dois cães farejadores do canil da Companhia de Choque. Nenhuma irregularidade foi encontrada.

“Qualquer porto, aeroporto ou áreas de fronteira podem ser rotas de tráfico. Operações como esta inibem ações ilícitas e acontecem a partir de uma seleção criteriosa de dados, que nos fornecem informações antecipadas sobre as empresas e as cargas que iremos investigar”, disse o chefe da Vigilância e Controle Aduaneiro da Receita Federal, o auditor-fiscal Ivens Lopes Ribeiro. Segundo ele, a operação “São Mateus” não partiu de denúncias anteriores. Foi conduzida como uma ação preventiva.

A seleção das empresas avaliadas pela Receita Federal aconteceu dois dias antes da operação e também teve por base análise das rotas usadas em exportações, principalmente para países da África e da Europa. Portos africanos são usados como rota de fuga para os envios ilícitos a países europeus, conforme explicou Ribeiro. A fiscalização de documentos foi feita eletronicamente, com a utilização do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), implantado em todo o Brasil, em 2008, e que fornece um extrato completo da empresa e de seus sócios.

Esta foi a primeira vez que a operação da Receita Federal no Porto de Paranaguá contou com o apoio do canil da Companhia de Choque. O pastor alemão Dragon, de 1 ano e meio e a labrador Beta, de cinco anos, ajudaram nas buscas. “Qualquer mudança de comportamento dos cachorros nos dão informações que são interpretadas no momento da operação. Os animais chegam a farejar drogas a uma distância de 30 a 40 metros e conseguem apontar com 100% de precisão o local onde está a droga”, disse o soldado Proença.

A operação foi elogiada pelo supervisor do setor de exportação do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Gerson Zanetti Faucz. “Essas operações ajudam a coibir fraudes e ilícitos e mostram que os órgãos de fiscalização estão atuando. Para nós é muito importante poder contar com ações como esta porque eliminam a sensação de impunidade”, disse Faucz.

No TCP, todos os contêineres selecionados foram dispostos no pátio, formando duas fileiras com seis contêineres. Os fiscais da Receita romperam os lacres para verificar o conteúdo de cada área de armazenagem. No interior dos contêineres, fardos de algodão, carvão, madeira, móveis, telhas e raspas de borracha estavam prontos para serem embarcados. “Esta operação teve o caráter preventivo e não foi encontrada qualquer inconformidade. Nosso objetivo é agilizar o comércio exterior, mantendo o controle e a segurança das cargas”, avaliou Ivens Ribeiro.

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