Portos do Paraná recebem orientações sobre a Influenza A 04/05/2009 - 17:43

Os funcionários da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) conheceram na manhã desta segunda-feira (4) as medidas que estão sendo tomadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em conjunto com a Secretaria Especial de Portos (Sep) contra a Influenza A, transmitida pelo vírus H1N1. As ações foram apresentadas por representantes de diferentes órgãos ligados à saúde e segurança que atuam nos terminais portuários, como as secretarias municipal e estadual de saúde, Anvisa, Polícia Federal, Capitania dos Portos e Corpo de Bombeiros.

“O Paraná está com a máxima preocupação em responder às orientações da Anvisa que buscam evitar a proliferação do vírus que tem um período de incubação de até 10 dias. Estamos vigilantes e mostramos hoje a integração dos órgãos envolvidos e a preocupação com a comunidade litorânea. Nosso objetivo é atender à todas as medidas federais com respostas rápidas e eficientes”, comentou o diretor da 1ª Regional de Saúde, Paulo Roberto Zanicotti.

Para assegurar o cumprimento das ações de controle determinadas pela Anvisa, o superintendente da Autarquia, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, assinou normativa que estabelece a todos os colaboradores da Appa o rigoroso cumprimento da Nota Técnica emitida no final de abril pela Anvisa em conjunto com a Secretaria Especial de Portos (Sep), com orientações sobre a doença. O documento determina, por exemplo, o acesso da comunidade portuária e da tripulação dos navios aos materiais informativos disponibilizados pela Anvisa e Sep.

“A Ordem de Serviço emitida pela Appa regulamente a efetiva implementação do que já vem sendo estabelecido pela Anvisa. Nossa especialidade é a gestão portuária e vamos nos subordinar às determinações dos órgãos federais. Acredito que neste momento é importante termos informações e esclarecimentos sobre a doença e, por isso, contamos com a presença desse seleto grupo de profissionais para nos orientar sobre nossos procedimentos”, comentou o superintendente da Appa.

Segundo o fiscal da Anvisa, Benigno Moreira de Souza, a Agência possui profissionais suficientes para atuar nos portos paranaenses. “Temos pessoal preparado e em número suficiente para realizar a inspeção de navios que estejam ao largo. Além disso estamos em contato permanente com os comandantes das embarcações e com os tripulantes sobre a importância da comunicação imediata em casos suspeitos. Esta não é uma ação recente. Nossa fiscalização é rigorosa e faz parte de uma rotina desempenhada com qualidade há muitos anos”, comentou o fiscal.

A secretária de saúde de Paranaguá, Isolda de Barros Maciel, disse que uma ambulância ficará à disposição da comunidade portuária até que o Ministério da Saúde libere o controle efetivo nos portos. “Atualmente 17 países confirmaram casos da doença. No Brasil, há apenas um caso suspeito e nossa preocupação é bloquear a entrada da Influenza A no país, principalmente em portos e aeroportos. Queremos acalmar a população para essa situação, porque todas as medidas de prevenção e controle estão sendo tomadas”, disse a secretária.

O diretor da 1ª Regional de Saúde explicou, ainda, que dois hospitais em Curitiba estão preparados para atender os casos suspeitos que surgirem nos Portos do Paraná. “Se houver um caso suspeito ele será transferido com segurança para ser atendido ou no Hospital do Trabalhador ou no Hospital das Clínicas”, frisou Zanicotti.

Porto
No cais do Porto de Paranaguá, panfletos e cartazes esclarecem os trabalhadores portuários, que também recebem orientações de fiscais do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo). “Não queremos criar uma situação de pânico, por isso, estamos esclarecendo os trabalhadores. Assim como em qualquer situação, independente deste momento de alerta, os trabalhadores somente entrarão em navios que estejam liberados pela Anvisa”, esclareceu o gerente de operações do Ogmo, Manoel Rubens de Magalhães Filho.

O presidente do Sindicato das Agências Marítimas, Vitor Simões Pinto, afirmou que as empresas também estão atuando no sentido de evitar a entrada da Influenza A nos portos. “Estamos em contato direto com os comandantes para orientá-los. Levamos em conta também que o período de trânsito de um navio até chegar ao porto é maior que o tempo de incubação do vírus H1N1 e, por isso, pedimos que casos suspeitos sejam imediatamente apresentados, assim como já acontece em casos de outras doenças e problemas à bordo”, declarou.