Porto estuda maneiras de promover a inclusão de pessoas com deficiência 13/03/2023 - 18:09

A empresa pública Portos do Paraná estuda maneiras de tornar os portos do Estado mais inclusivos e acessíveis para futuros profissionais. A meta é abrir vagas específicas para estágio e organizar visitas guiadas para deficientes; fomentar o tema da atenção à acessibilidade junto aos navios de passageiros; e realizar trabalhos conjuntos de comunicação com os intérpretes de Libras de Paranaguá.

Esse compromisso, de promover mais inclusão na atividade portuária paranaense, foi assumido nesta segunda-feira (13) pela Diretoria de Desenvolvimento Empresarial da administração dos portos de Paranaguá e Antonina. A necessidade foi apontada pela vereadora Isabelle Dias, primeira surda eleita para o mandato na Câmara Municipal de Paranaguá.

“O novo vídeo institucional da Portos do Paraná, lançado agora em fevereiro, já tem legenda em Libras. Apesar de um passo ainda pequeno, é importante para inserir quem ainda não se sente inserido”, afirma o diretor André Pioli.

Em reunião com a vereadora, no final da manhã, Pioli se comprometeu em levar adiante todas as demandas. O gerente de Recursos Humanos, Melissa de Paula, foi convocada e já sinalizou que vai estudar onde as vagas de estágio para pessoas com deficiência podem ser abertas para fazer novo contato e disponibilizá-las.

Professora de Língua Brasileira de Sinais (Libras), pedagoga, pós-graduada em Educação Bilíngue, formada também em Letras (Libras), Isabelle lembrou que Paranaguá tem uma Central de Intérpretes de Libras e a Escola Bilíngue para Surdos Nydia Moreira Garcêz (CEDAP), que é a primeira escola para surdos do Estado.

“Temos profissionais, PCDs, sendo formados aqui, pessoas que estão se capacitando e têm total condição de trabalhar em qualquer empresa. Por que não no Porto de Paranaguá, que é o sonho de muitos? ”, propõe a vereadora.

O encontro desta segunda-feira (13) foi o primeiro passo para que a inclusão aconteça. “Estamos à disposição para auxiliar no que for preciso para que as barreiras sejam superadas, em conjunto”, completa Isabelle Dias.