Novo equipamento vai aumentar operação de carga geral em Paranaguá 01/10/2008 - 17:20

O Porto de Paranaguá vai contar, a partir da próxima safra, com um equipamento automatizado para carregamento de sacarias. Na tarde desta quarta-feira, foi assinado em Paranaguá um contrato entre a empresa Marcon e a Superintendência da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) que permite a instalação do equipamento em área pública.

De acordo com Hélcio de Andrade Torres Filho, diretor da Marcon, há um ano e meio a empresa vem estudando a instalação do equipamento no porto. “Este equipamento vai permitir a redução em 50% no tempo que um navio de carga geral fica em Paranaguá. Além de agilizar a operação, vamos conseguir recuperar a carga geral que o porto tem perdido nos últimos anos por não possuir equipamento automatizado de solo”, explicou. O equipamento virá da Alemanha e a Marcon investirá inicialmente R$ 15 milhões para instalá-lo em Paranaguá.

Com capacidade nominal para operar 4.500 toneladas por dia, o equipamento faz com que a carga ensacada a ser exportada seja transportada através de esteiras rolantes até chegar num carregador automático onde os sacos descem para o interior do porão em espiral, numa espécie de tobogã.

Para Benedito Nicolau dos Santos Neto, superintendente em exercício da Appa, o contrato com a Marcon representa a modernização do Porto de Paranaguá no que se refere à carga geral. “Estamos dando continuidade ao processo de modernização dos portos paranaenses, sempre pensando no bem estar dos trabalhadores e na melhoria do porto público. O equipamento será de uso público e vai impulsionar o aumento na movimentação de cargas em Paranaguá”, disse.

A assessoria sindical da Appa também participou da assinatura do contrato. De acordo com Isaías Vicente da Silva, que representa a Estiva, a automatização trará mais produtividade à Paranaguá, gerando mais empregos. “Quando temos empresários que não descartam os trabalhadores, caminhamos todos juntos para o progresso. Este equipamento vai aumentar a movimentação de cargas em Paranaguá e todas as categorias profissionais vão ganhar com isso”, disse.

Exigência de mercado – Desde outubro do ano passado, uma nova regra da bolsa de mercadorias indica que é de responsabilidade do exportador colocar a carga dentro dos navios. Isso significa que o comprador não manda mais para o porto navios com guindaste de bordo, sendo necessário que o terminal disponha de equipamentos automatizados para fazer o embarque. “Fora isso, os compradores estão dando um bônus de US$ 10 por tonelada ao exportador que utilizar equipamentos automatizados, garantindo assim a agilidade e velocidade do embarque. Agora que o Porto de Paranaguá vai estar equipado, poderemos apresentar aos compradores mais uma vantagem que o porto oferece”, explica Torres.

Benedito Nicolau dos Santos Neto, superintendente em exercício da Appa

Daniel Lúcio Oliveira de Souza, superintendente em exercício da Appa

Hélcio de Andrade Torres Filho, diretor da Marcon