Exposição do Porto de Paranaguá serve de base para capacitação no MON 12/04/2010 - 18:20

A exposição “Séries do Porto – Porto de Paranaguá 75 anos” foi a temática do curso de capacitação promovido pelo Museu Oscar Niemeyer (MON), nesta segunda-feira (12). O artista plástico e professor universitário Fernando Calderari, que tem vários trabalhos retratando o Porto D. Pedro II, na década de 90, ministrou o curso, procurando repassar aos cerca de 60 participantes as peculiaridades e técnicas de cada um dos artistas que têm suas pinturas expostas no MON.

A coordenadora de Ação Educativa do MON, Rosimeri Bittencourt Franceschi, explicou que os cursos de capacitação são realizados a cada 15 dias e tem como público alvo os monitores que trabalham no museu, universitários, professores, artistas plásticos e outros interessados em arte.

“Toda capacitação tem vínculo com uma exposição. O propósito é suprir a necessidade do nosso monitor para que o público absorva a exposição em toda sua complexidade”, afirmou Rosimeri. Para ela, quando há possibilidade de o próprio artista falar sobre suas obras, o curso fica muito mais rico, já que a preocupação é fazer o resgate histórico dos trabalhos e, também, da técnica empregada.

Calderari lembrou que a ideia de fazer uma exposição de telas e desenhos do Porto de Paranaguá surgiu depois de um trabalho feito na Suíça e Alemanha. Na ocasião, o artista se inspirou nos cenários do Porto de Hamburgo, um dos maiores portos europeus, para mostrar, por meio da arte, a multiplicidade de formas do ambiente portuário.

De volta ao Brasil, Calderari começou a trabalhar nos quadros retratando o Porto de Paranaguá. Para ele, apesar de se tratarem de complexos portuários, são ambientes bastante distintos no que diz respeito às cores e movimentos, entre outros aspectos. “O expectador deve interagir com a paisagem. Essa é a proposta do meu trabalho”, acrescentou o artista.

O acadêmico de Design – Projeto do Produto, Guilherme Tavares, está há dois meses trabalhando como monitor no MON. Foi o terceiro curso de capacitação do qual participou. “A gente pode pesquisar o histórico da obra e do artista, mas dessa forma a gente consegue ter o ponto de vista do próprio autor. Nosso papel é fazer a mediação entre o museu e os visitantes. Com esse embasamento, podemos repassar um olhar mais fiel do artista sobre sua obra”, avaliou o universitário.

A mostra “Séries do Porto” foi aberta no último dia 16 de março como parte das atividades em comemoração aos 75 anos do Porto de Paranaguá – o segundo maior complexo multicargas do Brasil. A exposição, que ficará aberta até o dia 4 de julho, reúne 25 obras assinadas por Alfredo Andersen, Darci Régis, Ennio Marques Ferreira, Estanislau Traple, Fernando Calderari, Miguel Bakun, William Michaud, Ricardo Koch e Ricardo Krieger.

Os trabalhos apresentam paisagens e retratam os navios, as cargas e o trabalho dos estivadores, entre outras temáticas. A mostra tem o apoio da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), do Governo de Paraná, da Secretaria de Estado da Cultura e da Caixa Econômica Federal.

Serviço – O Museu Oscar Niemeyer fica à Rua Marechal Hermes, 999. Aberto de terça a domingo, das 10 às 18 horas. Os ingressos custam R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 estudantes, com carteirinha. A entrada é gratuita para grupos agendados da rede pública, do ensino médio e fundamental, para estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.

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