Exportação de carne congelada pelos Portos do Paraná cresce 15% 14/10/2008 - 11:50

Implantação do Corredor de Congelados e instalação do escritório do Ministério da Agricultura na área primária do Porto impulsionaram as exportações

As exportações de carne pelos Portos de Paranaguá e Antonina estão em ritmo de crescimento. Após a instituição do Corredor de Congelados – uma soma de esforços da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), do Ministério da Agricultura e da iniciativa privada – os terminais paranaenses têm atraído cada vez mais exportadores de carne.

De janeiro a setembro de 2008, foram exportados pelos portos paranaenses 1,03 milhão de toneladas de carne contra 891,46 mil toneladas no mesmo período de 2007, o que representa um crescimento de 15,71% de crescimento nas exportações do produto. Entre os principais compradores da carne que sai por Paranaguá estão Japão, Arábia Saudita, Hong Kong, Rússia e Emirados Árabes.

De acordo com Juarez Moraes e Silva, diretor superintendente do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), as carnes congeladas lideram as exportações do terminal. “Os congelados são o nosso grande destaque. De 2006 para 2007, crescemos 50% nas exportações de carne congelada. Este ano, até setembro, em relação a 2007, já registramos alta de 18%”, afirmou.

Para atrair mais exportadores, o TCP tem realizado em Paranaguá reuniões com grandes frigoríficos do país. A intenção é mostrar a estrutura dos portos do Paraná para escoamento de carne e fortalecer o Corredor de Congelados. Todos os atores envolvidos na exportação de carnes participam dos encontros, o que possibilita a exposição de dificuldades na operação e a rápida resolução dos problemas.

Vantagens - Entre as principais vantagens competitivas dos Portos do Paraná está a existência de seis berços dedicados à operação de congelados (quatro em Paranaguá e dois em Antonina), pátio de armazenagem de contêineres em zona primária com 370.000 metros quadrados, capacidade de armazenagem frigorífica para 58.000 toneladas e ramal ferroviário em zona primária, com operações diárias.

“O setor de bovinos, que não fazia movimentações por Paranaguá, já está fazendo em fase preliminar de testes. Acredito que perceberemos uma alta maior nas exportações a partir do ano que vem, quando esta fase de testes estiver concluída”, adiantou Moraes e Silva.

Agilidade – Fora a estrutura física, Paranaguá oferece mais uma vantagem aos exportadores. Desde março deste ano o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está instalado na área primária do Porto, em um escritório construído pela Appa. A proximidade tem conseguido agilizar os processos de despacho aduaneiro. De acordo com Daniel Gonçalves, superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, o crescimento do volume das exportações pelos portos paranaenses já é notório.

“A criação do Corredor de Congelados vem ao encontro das necessidades mundiais. Hoje, o Brasil é responsável por 45% das exportações de carne de frango. O Ministério da Agricultura tem feito um trabalho intenso para atrair cada vez mais novos mercados. E nós, por aqui, estamos fazendo diagnósticos internos para verificar onde existem pontos de estrangulamento para ganharmos agilidade e diminuirmos a burocracia”, relatou.