Modelo criado no Porto de Paranaguá pode ajudar outros portos brasileiros 

A Portos do Paraná recebeu, nesta quarta-feira (27), no Palácio Taguaré, a visita da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) e do Portos RS. A recepção foi feita pelos diretores da empresa pública, que apresentaram os resultados do Moegão, atualmente considerada a maior obra portuária do país.

De acordo com o diretor-presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, a visita teve o propósito de entender o funcionamento do Moegão e a possibilidade de adaptar o projeto no Rio Grande do Sul. “O Moegão é um grande investimento que traz uma solução logística muito importante para a movimentação e diminui os impactos com a comunidade. É um pouco do reflexo que a gente vem buscando, nós também temos algumas áreas que precisamos fazer essa interferência. E o Moegão é uma solução muito interessante, com alternativas que são muito similares, que a gente pode replicar”, afirmou Klinger.

Representantes das empresas portuárias locais e da Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá também participaram do encontro. “O projeto não teria sucesso se não tivéssemos o apoio e o consenso das empresas portuárias neste projeto”, afirmou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.

Após o encontro no Palácio Taguaré, os visitantes conheceram o canteiro de obras do Moegão e o cais do Porto de Paranaguá.

Sobre o Moegão
O Governo do Estado do Paraná, por meio da Portos do Paraná, está aplicando mais de R$ 650 milhões, a partir de recursos próprios e de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em termos de investimentos, o Moegão equivale a quase duas pontes de Guaratuba, outra gigantesca obra em desenvolvimento no estado.

Atualmente, em média, 550 vagões podem ser descarregados diariamente no Corex. Com o Moegão, o descarregamento será padronizado em um único espaço, que terá condições de recepcionar até 900 vagões por dia. A obra vai conectar 11 terminais portuários e reduzirá os cruzamentos de linhas férreas na cidade de Paranaguá.

O Moegão poderá receber 24 milhões de toneladas de grãos e farelos por ano para atender os terminais do Corredor de Exportação Leste (Corex). Essa quantidade é maior que a média anual de exportação do Corex, pois já prevê a ampliação do modal ferroviário em direção ao litoral paranaense por meio da nova Ferroeste e dos investimentos na Malha Sul.