Companhia petrolífera líder na América Latina quer investir no Porto de Antonina 07/07/2010 - 16:50

Empresários argentinos da companhia AESA A-Evangelista S.A., subsidiária da petrolífera Repsol, uma das dez maiores empresas energéticas do mundo e a maior companhia privada do setor na América Latina, visitaram nesta quarta-feira (7) os portos de Paranaguá e Antonina. A intenção é instalar no Paraná uma fábrica de plataformas de petróleo, que atendam a Petrobrás na exploração do petróleo em alto mar, além da criação de um porto naval para reparo de navios e rebocadores.

A localização geográfica e a infra-estrutura do terminal portuário de Antonina foram destacadas pelo grupo como “extremamente favoráveis para o desenvolvimento dos projetos”. Segundo o gerente de fábrica da AESA, Ariel Pozzi, uma avaliação detalhada das características gerais do porto paranaense será realizada nos próximos meses e as considerações iniciais já são bastante positivas. “Estamos muito animados para fechar esta parceria e aproveitar todo o potencial que foi apresentado”, conta ele.

Estimativas da companhia apontam que, somente na fábrica de plataformas petrolíferas, sejam gerados mais de 700 empregos diretos. “É uma atividade de longo prazo, para a produção de navios plataformas que atuam em alto mar na retirada de petróleo da camada pré-sal”, explica Avelino Bueno, diretor da empresa Bueno Engenharia, que acompanha o grupo argentino.

Segundo o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Mario Lobo Filho, a fábrica deve criar uma série de benefícios para a comunidade local. “Calcula-se que para cada emprego direto são criados, em média, até três empregos indiretos. Além disso, é necessário que a mão de obra contratada seja especializada, o que significa melhores rendimentos e mais recursos dos setores público e privado para qualificação profissional”, ressalta Lobo Filho.

Para o diretor empresarial da Appa, João Batista dos Santos, que iniciou as conversas com a companhia sul-americana, os impactos na economia serão positivos para todo o Estado. “Além de benefícios para toda a comunidade do Litoral, a vinda desta gigante no setor de energia garante investimentos em tecnologia, logística e infra-estrutura. Sem contar que gera receitas importantes que podem ser revertidas em saúde, educação e no bem estar dos paranaenses”, destaca.

PRÉ SAL: Conforme explica a Petrobras, “o Pré-Sal na Geologia do Petróleo no Brasil é de uma unidade de rocha reservatório de composição calcária ligada a ações microbianas (os microbiolitos), posicionada sob espessa camada de sal localizada na porção distal das bacias de Santos e Campos; subjacentes a ela estão as rochas geradoras, folhelhos ricos em matéria orgânica acumulados na fase lacustre. A camada de sal funciona com um selo. Tem-se neste caso, um exemplo ideal para a acumulação de óleo e gás natural, com o contato direto da rocha geradora com reservatório e este recoberto por sal, um dos selos eficientes”.

Para explorar a camada Pré-Sal, o Brasil utiliza o modelo de concessão, pelo qual promove um leilão inicial e a empresa concessionária que vencê-lo torna-se proprietária da reserva de petróleo e/ou gás natural. Neste caso, as empresas têm de pagar bônus e royalties. Atualmente, os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo recebem a maioria destas receitas.

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