Companhia Cacique de Café Solúvel volta a exportar por Paranaguá 14/08/2008 - 10:30
O produto segue para a Rússia embalado em latas de 50 gramas e 100 gramas
Há cerca de dois meses, uma nova operação para exportar café em contêineres está sendo realizada no Porto de Paranaguá. A Companhia Cacique de Café Solúvel, de Londrina, esta exportando pelo terminal paranaense cerca de cinco contêineres por semana carregados com café pronto para ser comercializado. O produto vai embalado em latas de 50 gramas e 100 gramas.
De acordo com o gerente de operações da Cacique, Antônio Carlos Sais Ortega, o produto exportado via Paranaguá vai para a Rússia. “Retomamos esta operação agora e tudo tem dado certo. Nossa intenção é triplicar o volume que estamos exportando pelo Porto hoje até chegar a um escoamento de 20% a 30% da nossa produção”, adiantou.
O café produzido em Londrina chega a Paranaguá de trem. Os contêineres são estufados na fábrica e são despachados para o terminal ferroviário de Cambé, de onde seguem até o Porto. Segundo Ortega, a combinação do transporte ferroviário com o custo baixo das operações em Paranaguá resulta numa boa economia para a empresa. “Nosso custo fica até 25% mais baixo operando por Paranaguá. É por isso que queremos ampliar os volumes movimentados pelo Porto”, relatou Ortega.
Outro atrativo para a Cacique é a questão do armazenamento. O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) oferece 14 dias de armazenamento sem custos. “Isso é muito bom porque em Santos, por exemplo, os terminais não têm espaço para isso e temos que usar armazéns de retroárea, o que acaba elevando os custos”, explicou.
Custos - Para viabilizar o transporte do café por trens, a ALL, empresa concessionária da ferrovia no Paraná, construiu em meados de 2006 um terminal intermodal na cidade de Cambé. Depois de quase dois anos de negociações, Ortega afirma que a Cacique decidiu retomar as operações por Paranaguá com o intuito de recuperar o volume movimentado até meados de 1999, quando a empresa despachava por trem para Paranaguá cerca de 50 contêineres mês.
Segundo o chefe de operações da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Clauber Candian, Paranaguá apresenta uma grande vantagem frente aos outros portos brasileiros: o trem chega até a área primária do Porto. “Isso faz com que as manobras ferroviárias aconteçam em seis horas, em média, enquanto que em outros portos uma operação semelhante demora até seis dias”, comparou.
Eduardo Botelho, coordenador de produtos industrializados da ALL, afirmou que o fato de o desvio ferroviário estar na área primária em Paranaguá evita a necessidade de transporte rodoviário da carga na área do Porto. “Isso barateia ainda mais os custos para o exportador”, afirmou.
História – Nos anos 60 e 70, a exportação de café em sacas foi o carro-chefe das operações em Paranaguá. Em 1972, por exemplo, o Porto de Paranaguá chegou a exportar 419 mil toneladas de café em sacas. No entanto, o perfil do porto foi mudando ao longo dos anos e o terminal deixou de exportar grandes quantidades de café ensacado no final dos anos 80.
De acordo com o gerente de operações da Cacique, Antônio Carlos Sais Ortega, o produto exportado via Paranaguá vai para a Rússia. “Retomamos esta operação agora e tudo tem dado certo. Nossa intenção é triplicar o volume que estamos exportando pelo Porto hoje até chegar a um escoamento de 20% a 30% da nossa produção”, adiantou.
O café produzido em Londrina chega a Paranaguá de trem. Os contêineres são estufados na fábrica e são despachados para o terminal ferroviário de Cambé, de onde seguem até o Porto. Segundo Ortega, a combinação do transporte ferroviário com o custo baixo das operações em Paranaguá resulta numa boa economia para a empresa. “Nosso custo fica até 25% mais baixo operando por Paranaguá. É por isso que queremos ampliar os volumes movimentados pelo Porto”, relatou Ortega.
Outro atrativo para a Cacique é a questão do armazenamento. O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) oferece 14 dias de armazenamento sem custos. “Isso é muito bom porque em Santos, por exemplo, os terminais não têm espaço para isso e temos que usar armazéns de retroárea, o que acaba elevando os custos”, explicou.
Custos - Para viabilizar o transporte do café por trens, a ALL, empresa concessionária da ferrovia no Paraná, construiu em meados de 2006 um terminal intermodal na cidade de Cambé. Depois de quase dois anos de negociações, Ortega afirma que a Cacique decidiu retomar as operações por Paranaguá com o intuito de recuperar o volume movimentado até meados de 1999, quando a empresa despachava por trem para Paranaguá cerca de 50 contêineres mês.
Segundo o chefe de operações da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Clauber Candian, Paranaguá apresenta uma grande vantagem frente aos outros portos brasileiros: o trem chega até a área primária do Porto. “Isso faz com que as manobras ferroviárias aconteçam em seis horas, em média, enquanto que em outros portos uma operação semelhante demora até seis dias”, comparou.
Eduardo Botelho, coordenador de produtos industrializados da ALL, afirmou que o fato de o desvio ferroviário estar na área primária em Paranaguá evita a necessidade de transporte rodoviário da carga na área do Porto. “Isso barateia ainda mais os custos para o exportador”, afirmou.
História – Nos anos 60 e 70, a exportação de café em sacas foi o carro-chefe das operações em Paranaguá. Em 1972, por exemplo, o Porto de Paranaguá chegou a exportar 419 mil toneladas de café em sacas. No entanto, o perfil do porto foi mudando ao longo dos anos e o terminal deixou de exportar grandes quantidades de café ensacado no final dos anos 80.