Claspar flagra carga fraudada no pátio de triagem de Paranaguá 27/08/2008 - 16:00

A Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar) refugou na manhã de hoje (27/08) no Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá, dois caminhões carregados com soja podre. A constatação foi feita durante a classificação dos grãos.

Obrigatoriamente, todos os caminhões e trens carregados com soja, milho, sorgo, trigo, farelos e óleo de soja (refinado e degomado) que chegam ao Porto de Paranaguá são vistoriados pela Claspar, que mede o grau de impureza e atesta se o produto segue os padrões de qualidade para ser exportado.

De acordo com gerente da unidade da Claspar em Paranaguá, César Elias Simão, os dois caminhões que traziam juntos 52.950 quilos de soja, apresentaram problemas. “Colhemos amostras da carga e verificamos que ela tem excesso de impurezas e está misturada com produtos avariados. Quando desconfiamos que haja possibilidade de fraude, a polícia é avisada”, explica Simão.

De acordo com a delegada de polícia Maria Joseléia Pigozzi, os donos da carga refugada no pátio vão responder pelo crime de estelionato na forma tentada, ao informarem em nota fiscal que estavam transportando soja limpa, mas na verdade tratava-se de carga adulterada e impura. O Ministério da Agricultura em Paranaguá também foi acionado pela Claspar para definir o destino que será dado ao produto.

O controle de qualidade dos grãos exportados pelo Porto de Paranaguá permitiu que desde 2003, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) conseguisse zerar as reclamações recebidas de importadores internacionais sobre a baixa qualidade dos produtos e a diferença do peso das cargas.