Chuvas não atrapalham atividades no Porto de Paranaguá 31/07/2009 - 15:10


Na próxima segunda-feira, o navio “Tasco”, de bandeira norueguesa, atracará no Porto de Paranaguá para embarcar 30 chassis da marca Volvo para o Porto de Cabello, na Venezuela. Nesta sexta-feira (31), os equipamentos foram colocados em um dos armazéns da área interna no porto para aguardar o carregamento. Essa modalidade de operação, de responsabilidade da empresa Marcon, vem acontecendo há mais de um ano, em média a cada 15 dias.

“Temos movimentado mercadorias rodantes de diferentes montadoras e para diversos destinos. Desde que o Porto de Paranaguá iniciou as operações com veículos acompanhamos o seu desenvolvimento e nos especializamos nesse tipo de embarque”, disse o gerente da empresa, Carlos Alberto Rosa.

Mesmo debaixo de chuva, tanto a chegada quanto o embarque dos chassis estão assegurados. O mau tempo não compromete a qualidade das operações - realizadas por pessoal treinado - ou a integridade da carga. A movimentação de produtos como os chassis da Volvo acontecem normalmente, assim como as operações do Terminal de Contêineres que, na outra ponta do cais comercial do porto de Paranaguá, mantêm-se ininterruptas. Nesta quinta-feira, as operações de embarque e desembarque do navio “Mercosul Manaus”, com 211 metros de comprimento, seguiam em ritmo normal.

O mesmo não acontece com a movimentação de granéis. No Corredor de Exportação, três navios paralisaram suas operações em função da chuva. Eles aguardam no cais para retomar o embarque de mais de 140 mil toneladas de soja. As suspensões eventuais por causa do mau tempo não tem comprometido o desempenho do Porto de Paranaguá, que registra um aumento de 19% nas exportações de soja. Entre janeiro e julho, já foram embarcadas 4,3 milhões de toneladas do grão, contra 3,6 milhões de toneladas em igual período de 2008.

A diversificação de cargas movimentadas no Porto de Paranaguá, nos últimos anos, vem possibilitando certo equilíbrio nos volumes de mercadorias. A variação negativa nas exportações de determinadas cargas, em função do mercado, da crise ou do clima, está sendo compensada pelas operações de outros produtos.

“Somos reconhecidamente um porto graneleiro, mas não podemos movimentar exclusivamente grãos porque o mercado sofre diversas influências como do câmbio e do clima. Ao incentivarmos outros segmentos, como cargas congeladas e veículos, mantemos nossas atividades, sem qualquer prejuízo, e consolidamos nosso porto como um terminal multicargas”, disse o superintendente a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lúcio Oliveira de Souza.

Entre janeiro e julho, os Portos de Paranaguá e Antonina exportaram 14,4 milhões de toneladas de produtos, um crescimento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. Desse total, mais de 700 mil toneladas foram de cargas congeladas. No mesmo período do ano passado, haviam sido embarcadas 500 mil toneladas. A exportação de contêineres teve aumento de 2% no acumulado do ano, com 171 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) embarcados.