O esforço dos funcionários da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) para recolher materiais recicláveis - e, com isso, contribuir para reduzir o volume de resíduos que vão parar indevidamente no aterro sanitário de Paranaguá – obteve um resultado surpreendente: mais de 40 toneladas foram recolhidas até agora. O material será distribuído entre as duas associações de catadores de material reciclável existentes em Paranaguá.

A coleta de materiais recicláveis como papéis, plásticos e alumínio é uma das tarefas da 1.ª Gincana de Integração Socioambiental da Appa. Cerca de 260 funcionários da autarquia participam da competição.

Nesta sexta-feira (11), um grupo de funcionários, representando todos os demais participantes da gincana, fez a entrega simbólica de uma pequena parte do material, na Associação de Reciclados Nova Esperança, na Ilha dos Valadares. Pela dificuldade de transporte, o material terá que ser entregue em várias etapas.

A Associação de Reciclados da Ilha dos Valadares reúne 38 pessoas. Segundo informações da organização, antes da criação da associação, há três anos, a maioria das famílias recolhia materiais recicláveis em meio ao lixão de Paranaguá, colocando em risco a própria saúde e, também, das crianças que acompanhavam os pais no trabalho insalubre.

Essa é uma situação que vem sendo combatida pelo Ministério Público do Trabalho e Ministério Púbico estadual, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente. No dia 17 de novembro, representantes dos dois órgãos estiveram reunidos com operadores portuários, em Paranaguá, e deram um ultimato para que as empresas apresentem seus planos de gerenciamento de resíduos sólidos. O prazo expira na próxima semana.

A notificação recomendatória entregue pelo Ministério Público do Trabalho e Ministério Público estadual estabelece que os planos contemplem a doação dos materiais recicláveis às associações e cooperativas de catadores.

A auxiliar administrativa da Associação de Reciclados da Ilha dos Valadares, Sílvia Paszko Zuzi, relatou que a entidade enfrenta dificuldades para trabalhar em função da escassez de material. Entre os 38 cooperados, dez são “carrinheiros”. Mesmo assim, a equipe que sai às ruas não consegue coletar volume suficiente para que todos trabalhem na separação. “Essa doação irá ajudar bastante. Nunca recebemos um volume tão grande como esse”, destacou Sílvia.

As equipes de funcionários da Appa continuam coletando materiais recicláveis. A expectativa é arrecadar volume semelhante até o final da próxima semana.

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