O diretor de Desenvolvimento Empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Alberto de Paula César, abriu, na manhã desta quarta-feira, a reunião trimestral dos representantes das empresas proprietárias de navios, que operam no Porto de Paranaguá, para falar de um tema de interesse do segmento: a navegação de cabotagem ou navegação entre portos comerciais brasileiros.

César é o relator da comissão técnica do CAP (Conselho de Autoridade Portuária), que estuda propostas de incentivo à cabotagem. O propósito desse primeiro contato com os representantes dos armadores foi o de ter uma avaliação prévia sobre as necessidades das empresas de navegação para que essas possam aumentar a oferta do serviço de cabotagem nos portos de Paranaguá e Antonina.

O diretor da Appa, Luiz Alberto de Paula César, reconhece que há alguns entraves para fazer alavancar a navegação de cabotagem no Brasil. A falta de uma regulamentação, segundo ele, talvez seja o maior empecilho. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) – órgão federal de fiscalização do segmento - está desenvolvendo estudos para regulamentar transportes marítimos dessa natureza. O que a Appa defende, entre outras questões, é a cobrança de tarifas diferenciadas para a cabotagem como forma de estímulo à oferta do serviço.

A redução nas tarifas é defendida, também, pelos representantes das empresas que operam com cabotagem. Na reunião desta quarta-feira (25), os executivos falaram da necessidade da desoneração nos custos para que modal marítimo possa ser mais competitivo em relação ao modal rodoviário, que hoje lidera o transporte de cargas no País. Os armadores defendem, ainda, mais agilidade na liberação das cargas pela alfândega e melhor estrutura na logística de entrega para que a cabotagem possa se tornar atrativa ao setor produtivo brasileiro.