Receita das exportações pelos portos paranaenses duplicou em sete anos 04/01/2010 - 14:50

O cálculo do montante a ser arrecadado com o fechamento de 2009 leva em consideração a receita cambial até novembro - US$ 11,5 bilhões – mais uma projeção do valor de dezembro – em torno de US$ 1 bilhão. Em 2002, a soma dos valores dos embarques havia sido de US$ 4,1 bilhões, o que representa pouco mais de um terço da receita projetada para 2009.
O resultado em 2009 poderia ter sido melhor e superado a receita cambial de 2008, que foi extremamente positiva – US$ 14 bilhões. No entanto, no ano passado, os exportadores ainda tiveram que administrar um mercado internacional retraído por conta dos reflexos da crise.

Em volume, a movimentação manteve uma média anual de aproximadamente 30 milhões de toneladas, nos últimos sete anos, o que reforça o efeito positivo da ampliação da pauta de exportações e da entrada de cargas de maior valor agregado nos portos paranaenses.
Um exemplo são as carnes congeladas. Entre 2003 e 2009, as exportações de congelados, em volume, triplicaram nos portos paranaenses. O valor gerado pelos embarques teve um crescimento de quase 480%: saltou de US$ 414 milhões, em 2003, para US$ 2,4 bilhões, no acumulado de janeiro a novembro deste ano. Esse resultado colocou o Paraná na liderança das exportações de congelados entre os portos brasileiros.
Antes reconhecido como essencialmente graneleiro, o Porto de Paranaguá consolidou-se, nos últimos anos, como um dos principais canais de escoamento de veículos e de contêineres, além dos produtos frigorificados. Atualmente, o complexo portuário paranaense concentra, também, a maior parte das operações de importação de fertilizantes do Brasil. “Todo esse excelente desempenho se deve ao modelo de gestão e à política de diversificação de cargas adotados pelo ex-superintendente, Eduardo Requião”, destacou Souza.
Os investimentos em infraestrutura para o embarque e desembarque de veículos fizeram de Paranaguá o segundo maior pólo logístico do setor automotivo. A capacidade operacional de movimentação é, em média, de 150 veículos por hora: a maior entre os portos onde as montadoras estão presentes. Os incentivos oferecidos pela Appa para atrair e fomentar as operações de veículos pelo Porto de Paranaguá tiveram como resultado o aumento expressivo no número de unidades movimentadas: de 55 mil unidades, em 2004, para 160 mil unidades, no ano passado. Este ano, de janeiro a novembro, foram cerca 120 mil veículos. O setor foi um dos mais atingidos pela crise mundial, mas projeta uma recuperação para 2010.
“Considerando as perspectivas para 2010, o cenário é positivo para todas as cargas. Nós temos, na área de grãos, a previsão de uma safra recorde e com as melhorias na infraestrutura marítima - proporcionadas pela dragagem e recuperação da sinalização náutica – novos contratos estão vindo para o Porto de Paranaguá, que deverá ter um crescimento de 25% no embarque de granéis no próximo ano”, projetou Daniel de Souza.
Movimentação de mercadorias
2002 – 28,5 milhões de toneladas
2003 – 33,5 milhões de toneladas
2004 – 32,2 milhões de toneladas
2005 – 30,1 milhões de toneladas
2006 – 32,5 milhões de toneladas
2007 – 38,2 milhões de toneladas
2008 – 33,0 milhões de toneladas
2009* – 29,1 milhões de toneladas
* Até novembro
Movimentação de veículos
2002 – 61.886 unidades
2003 – 49.529 unidades
2004 – 55.814 unidades
2005 – 109.562 unidades
2006 – 105.765 unidades
2007 – 164.872 unidades
2008 – 162.416 unidades
2009* – 120.773 unidades
* Até novembro
Movimentação de contêineres
2002 – 270.865 TEUs
2003 – 309.924 TEUs
2004 – 378.834 TEUs
2005 – 420.318 TEUs
2006 – 493.787 TEUs
2007 – 595.261 TEUs
2008 – 604.690 TEUs
2009* – 573.939 TEUs
* Até novembro
Receita Cambial (US$ 1000)
2002 – 4.129.411
2003 – 6.502.932
2004 – 8.412.892
2005 – 9.413.563
2006 – 9.158.698
2007 – 11.792.523
2008 – 14.027.621
2009* – 11.586.010
* Até novembro