Marinheiros que desembarcam em Paranaguá são assistidos por entidade internacional 01/06/2009 - 16:30

Enquanto o navio permanece em atividade ou à espera para iniciar suas operações, parte dos tripulantes desembarca em busca de diferentes serviços, como acesso à internet, ligações telefônicas e compras de produtos para consumo pessoal. A dificuldade em conseguir se comunicar em idioma diferente do seu soma-se ao desconhecimento da cidade e dos seus roteiros.
Para atender a esse grupo específico, Paranaguá conta, há nove anos, com o Centro de Apoio ao Marinheiro (CAM) - resultado de uma parceria firmada entre a Convenção Batista do Espírito Santo, o Seamen´s Church Institute of New York and New Jersey e a Convenção Batista do Paraná.

Assim que uma embarcação atraca, recebe a visita de um capelão portuário, que faz o convite aos marinheiros que precisem de algum dos serviços prestados no CAM. O primeiro deles é o transporte gratuito. “Gratuitamente, levamos os marinheiros ao centro da cidade onde fica nossa sede. Ao chegar lá, eles contam com internet, cabines para chamadas telefônicas internacionais, jogos, atividades esportivas, biblioteca bilíngue, programas de TV a cabo e, quando solicitam, aconselhamento espiritual e encaminhamento jurídico. Aqui não há venda de bebidas alcoólicas e acesso a conteúdos pornográficos”, explicou o capelão. O consumo de cigarros e similares também é proibido no local, acrescentou ele.

Alternativas

A preocupação em atender ao maior número de marinheiros estende-se, também, à pequena estante instalada na entrada do centro. Nela, estão dispostos livretos com trechos da bíblia, editados para marinheiros vindos de países como Rússia, Coréia, Arábia Saudita, Ilhas Maldivas, Grécia, Indonésia, Vietnã, Irã, Índia, Romênia, China, Alemanha, Estados Unidos, Espanha, França, Itália e Myanmar.
As atividade exercidas pelo CAM, em Paranaguá, contam com o apoio de toda a comunidade portuária e seguem as determinações da Organização Internacional Marítima (IMO, sigla em inglês) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no que diz respeito ao bem-estar dos trabalhadores marítimos no mar e no porto.