Trigo, malte e cevada ganham prioridade de atracação no Porto de Paranaguá 12/12/2007 - 10:30

Para o presidente do Sindicatos das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado do Paraná (Sipcep), Joaquim Cancela Gonçalves, a medida agilizará o trabalho dos moinhos e diminuirá os custos de produção

Uma nova medida determinada pelo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, beneficiará diretamente os moinhos paranaenses que importam suas matérias-primas pelo Porto de Paranaguá. A Ordem de Serviço 196/07 prioriza as atracações de navios carregados com trigo, malte e cevada. As operações ocorrerão entre os meses de dezembro de 2007 e fevereiro de 2008, nos berços de atracação originalmente usados para descarga de fertilizantes que, neste período, sofrem costumeira baixa.

Para o presidente do Sindicatos das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado do Paraná (Sipcep), Joaquim Cancela Gonçalves, a medida adotada no Porto agilizará o trabalho dos moinhos e diminuirá os custos de produção. “Trata-se de uma resposta rápida a uma necessidade de mercado, já que não trabalhamos com estoque regulador. Esta medida dá mais transparência, maior estabilidade e retira do mercado a idéia da falta de produtos”, declarou Gonçalves.

A proposta de Eduardo Requião é incentivar as operações evitando que os navios permaneçam muito tempo aguardando para atracar, onerando a cadeia produtiva. “Ao Porto cabe oferecer a melhor logística para atender com qualidade e segurança seus usuários. Esta medida busca beneficiar as indústrias paranaenses que precisam de seus insumos com rapidez e baixo custo e o Porto de Paranaguá faz a sua parte para atender a esses princípios”, declarou o dirigente portuário.

Janelas - As atracações preferenciais seguirão os critérios utilizados nas chamadas janelas públicas de atracação. As embarcações deverão obedecer critérios pré-estabelecidos quanto aos dias e horários para atracar e desatracar e os volumes a serem movimentados num período de até quatro dias. Os navios carregados com trigo, malte e cevada deverão solicitar a atracação formalmente à Appa com cinco dias de antecedência.

Segundo Benedicto Bonifácio de Aguiar, gerente da empresa Cilla Armazéns Gerais, as janelas públicas de atracação irão estimular as operações no cais, incentivando os ganhos na sua empresa. “Atuamos com a locação de equipamentos para retirada dos produtos dos porões dos navios e com as janelas de atracação o número de navios será maior e, consequentemente, será maior também o número de locações dos nossos equipamentos”, considerou Aguiar.

Navios - Desde terça-feira (11), o navio “Laizo”, de bandeira panamenha, está atracado no Porto de Paranaguá descarregando 2.600 toneladas de malte. Ao largo, o “Galaxy S” aguarda para atracar no cais comercial para desembarcar 2.665 toneladas do mesmo produto. Nas próximas 48 horas, está sendo esperado o “Zoitsa” para descarga de cevada.

Entre janeiro e 10 de dezembro, as importações de trigo pelo Porto de Paranaguá alcançaram crescimento de 89%. São 182.282 toneladas em 2007, contra 96.690 toneladas descarregadas no cais comercial do terminal paranaense em 2006.

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