Além de ser uma ótima oportunidade de fechamento de negócios, a Intermodal funciona como uma grande vitrine do setor portuário

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) participa pelo décimo ano consecutivo da Intermodal South América 2008, a maior e mais importante feira da América Latina focada nos mercados de comércio exterior, logística e transportes. A feira, que acontece entre os dias 15 e 17 de abril, acontece no Transamérica Expocenter, em São Paulo. No ano passado, mais de 43 mil pessoas visitaram o evento, que reuniu cerca de 400 expositores de toda a América Latina.

Como já virou tradição, a Appa vai à feira com empresas que atuam em Paranaguá e Antonina. Um espaço de 200 metros quadrados abrigará, além dos portos paranaenses, empresas parceiras como Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), Multitrans, Cattalini, Ponta do Félix, Sadia, Sal Diana, Pasa, Martini Meat e CBL. Além de ser uma ótima oportunidade de fechamento de negócios, a Intermodal funciona como uma grande vitrine para seus participantes.

Quem visitar o estande da Appa este ano vai ficar inteirado sobre os principais projetos que vêm sendo desenvolvidos pela autarquia. Um deles, que acaba de ser lançado, é o Corredor de Congelados do Paraná. A iniciativa une esforços dos Governos Federal, Estadual e da iniciativa privada para deslocar para os portos de Paranaguá e Antonina o eixo das exportações de carnes brasileiras.

Um armazém público para cargas frigorificadas vai ser instalado na faixa portuária do Porto de Paranaguá. O complexo terá capacidade estática para 16 mil toneladas de carnes e vai atender principalmente à produção paranaense de aves, que é líder nacional no segmento. O que se pretende é aumentar a movimentação de carnes pelo Paraná em 50 mil toneladas por mês.

Também está sendo criado em Paranaguá o Distrito Industrial Alfandegado, uma área que será formada na extremidade leste do cais comercial do Porto de Paranaguá para a instalação de 32 indústrias não poluentes. As empresas que se instalarem nesses espaços contarão com facilidades como a isenção de impostos para produtos exportados e vantagens dos regimes aduaneiros especiais previstos pela legislação.

Grãos – Outro projeto de destaque é o armazém público para fertilizantes. Paranaguá hoje é o maior importador de fertilizantes do Brasil e fechou 2007 com uma movimentação de 7,4 milhões de toneladas do produto (53% maior do que a registrada no ano anterior). Para agilizar a importação de fertilizantes e diminuir a poluição causada no momento do descarregamento do produto dos navios nos caminhões, a Appa está investindo na construção de um armazém público para fertilizantes e esteira transportadora ligando a faixa portuária ao complexo, que terá capacidade estática de 30 mil toneladas e capacidade operacional para 1.000 toneladas por hora. A construção já está em andamento e o orçamento é de R$ 9,5 milhões.

No que se refere a grãos, a Appa também está investindo em melhorias. Ao lado do silo público, conhecido também como Silão, um novo silo graneleiro horizontal está sendo construído. Ele duplicará a capacidade estática de armazenagem pública do maior porto graneleiro da América Latina, que atualmente é de 100 mil toneladas. A obra também já foi iniciada e seu custo é de R$ 39,4 milhões.

Mercosul – A movimentação de veículos vem crescendo ano a ano em Paranaguá. A especialização do serviço prestado e a agilidade em todo o processo têm atraído clientes como a Renault, Nissan e Volskwagen. Em 2007 foram movimentados por Paranaguá 164.872 veículos e, para 2008, a previsão para esse ano é superar os 250 mil unidades movimentadas.

Para atender esta demanda, um novo pátio de fluxo está sendo construído em frente à sede da Appa, em Paranaguá, num terreno de 30 mil m2. O espaço se somará aos quatro pátios já existentes no Porto de Paranaguá, totalizando 11 mil vagas.

O Governo do Paraná e a Appa também já começaram a trabalhar este ano no projeto do Porto do Mercosul, que será erguido na Ponta do Poço, no município de Pontal do Paraná. O empreendimento será construído com recursos próprios e será um hub port, ou seja, um porto concentrador de cargas e linhas de navegação, dedicado ao transbordo de cargas. A previsão inicial da obra é de cerca de R$ 400 milhões.