Porto de Paranaguá é obrigado a paralisar dois berços do Corredor de Exportação 19/11/2007 - 18:11

A simultaneidade da paralisação de dois dos três pontos de atracação é resultado do atraso na entrega da manutenção por parte dos operadores portuários responsáveis complexo

Para cumprir o cronograma de manutenção do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, a superintendência da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) foi obrigada a paralisar dois dos três berços de atracação do complexo, responsável pela movimentação de grãos. A simultaneidade da paralisação é resultado do atraso por parte dos operadores da entrega da manutenção do berço 213. O ponto de atracação teve suas operações suspensas em abril para manutenção e reparos e o prazo estipulado pela Appa para a entrega do serviço era o dia 06/09/2007.

A partir desta terça-feira (20), apenas o berço 212 do Corredor de Exportação estará em operação, oferecendo 1/3 do potencial de exportação de grãos no sistema público. Uma comissão formada por engenheiros da Appa começará a vistoriar o berço 213 nesta terça-feira (20) e a previsão é que na sexta-feira (23) seja entregue um relatório técnico que definirá a reabertura ou não do ponto de atracação. O cronograma para a entrega total do Corredor de Exportação expira no dia 08 de janeiro de 2008.

O atraso de mais 60 dias na entrega do berço 213 comprometeu toda a programação e o embarque de grãos e culminou com o início da manutenção do berço 214. “O descumprimento do cronograma gerará mais atrasos e prejuízos operacionais, prejudicando a logística do Corredor de Exportação e gerando aumento das filas de navios para atracação, além de danos à logística e à economia não somente dos paranaenses, como também dos brasileiros”, explicou o superintendente da Appa, Eduardo Requião.

A manutenção do Corredor de Exportação segue uma previsão antecipada e acontece todos os anos no período de entressafra de grãos. Em períodos alternados, um dos três pontos de atracação tem suas operações suspensas para passar por uma manutenção preventiva e, em alguns casos, corretiva.

Manutenção - Há quase dez anos a Appa acompanha e fiscaliza a manutenção e modernização do Corredor de Exportação, que é realizada com recursos dos próprios operadores usuários do complexo exportador. Os operadores responsáveis pelo complexo cobram US$ 0,40 por tonelada embarcada como forma de remunerar este fundo.

No entanto, o estado em que o Corredor se apresenta demonstra que a manutenção não ocorreu de forma adequada. Em abril deste ano, a tentativa da Autoridade Portuária em assumir a manutenção foi frustrada porque a estrutura apresentava problemas técnicos que deveriam ser sanados pelos operadores.