Sobre a reportagem publicada na edição desta sexta-feira (22) do Jornal Gazeta do Povo sobre a transferência de parte das importações de veículos da montadora Renault/Nissan do Porto de Paranaguá, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) tem a informar que:
Desde o início do governo Beto Richa e da nova administração dos portos paranaenses, a diretoria da montadora Renault/Nissan foi chamada para conversas inúmeras vezes, sem qualquer retorno. A superintendência da Appa esteve na Renault junto com outros secretários de governo no início do ano e também nesta ocasião nenhum pedido ou reclamação foram formalizados e porto foi colocado à disposição para atender as demandas da montadora em qualquer situação.
A Appa informa ainda que não há qualquer registro de navios de veículos que não tenho podido atracar no Porto de Paranaguá por problemas de ordem logística ou técnica. Pelo contrário, uma ordem de serviço estabelece a prioridade de atracação para os navios de veículos no berço 217, que é exclusivo para navios deste tipo.
O Porto de Paranaguá está aberto para discutir qualquer dificuldade com seus clientes e parceiros. Porém, mediante a não formalização de qualquer pedido de adequações ou melhorias, a atitude da Renault leva a entender que seus motivos para transferir parte das operações de importação para outro porto sejam outras que não a ineficiência do terminal paranaense.
Dados estatísticos comprovam o contrário. Até a primeira quinzena do mês de abril, o Porto de Paranaguá registrou alta de 95% nas importações de veículos. A Volkswagen, montadora líder de movimentação de veículos no Porto de Paranaguá, estima aumentar em 50% seu volume de importações através do terminal em 2011 e informa que todas suas importações concentram-se no Porto de Paranaguá, pela proximidade da fábrica em São José dos Pinhais e pelos incentivos fiscais oferecidos pelo governo do estado.
A Renault do Brasil foi procurada para comentar estes números e mais uma vez não se pronunciou sobre a questão.