Movimentação de sal em Paranaguá cresce 40% no primeiro trimestre 27/03/2008 - 09:20

Nos primeiros três meses deste ano, a movimentação de sal pelo Porto de Paranaguá cresceu 40% se comparada com o mesmo período do ano passado. Até o dia 24 de março, 35.136 toneladas do produto foram importadas pelo terminal, contra 24.756 nos primeiros três meses de 2007. Mais da metade do sal bruto que é refinado no Brasil vem do Chile. A outra parte vem de Estados do Nordeste, como o Rio Grande do Norte. Depois de manufaturado, o sal produzido em Paranaguá abastece os mercados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Desde que a superintendência da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) baixou uma ordem de serviço priorizando as atracações de navios carregados de sal, a importação do produto tem sido favorecida em Paranaguá. Em 2007, o Porto de Paranaguá movimentou 234,9 mil toneladas de sal, registrando um crescimento de 70,73% em relação ao ano anterior.

A Romani S.A., que produz o Sal Diana, é a principal importadora de sal pelo Porto de Paranaguá. Segundo o diretor da empresa, Agenor Tavares, além da prioridade de atracação, a instalação das balanças nos portões de acesso à faixa portuária agilizaram as operações com sal. “Com as balanças, temos suporte para agilizar o trabalho de descarga. Hoje, conseguimos desembarcar 14 mil toneladas de sal por dia. Há seis anos, antes destas melhorias, conseguíamos descarregar, no máximo, três mil toneladas/dia”, conta. Para este ano, a expectativa da empresa – que está instalada há mais de 50 anos em Paranaguá – é aumentar sua movimentação em 20%.

Antes da prioridade na atracação, os navios de sal disputavam espaço com os navios carregados com fertilizante. Como o sal tem baixo valor agregado, os períodos de espera acabavam inviabilizando os negócios. Com a ordem de serviço, a Appa concede berços preferenciais de atracação para os navios de sal com intervalo mínimo de 40 dias entre elas. Além disso, os navios precisam realizar uma descarga mínima de 25 mil toneladas do produto e não podem ficar atracados mais de quatro dias operáveis.

Facilidades – Outro diferencial é que o sal pode ser desembarcado até em dias de chuva, não paralisando a atividade do porto (como acontece com o fertilizante e com os grãos, que não podem ser movimentado em dias de chuva).

Segundo Tavares, estas facilidades implementadas pela atual administração da Appa têm dado confiança para que os empresários façam novos investimentos. A Romani, nos últimos anos, adquiriu terrenos para aumento da área de armazenagem de matéria prima, construiu novos armazéns para estocagem de produto acabado, além de adquirir máquinas e equipamentos para expansão do parque fabril e conseqüente aumento de produção.

Para o superintendente da Appa, Eduardo Requião, prioridades concedidas às cargas especiais – como sal e cevada – têm permitido que o Porto de Paranaguá diversifique o pool de mercadorias movimentadas. “Viabilizando a vinda de navios de sal ou cevada para Paranaguá, atraímos mais um tipo de operação e garantimos espaço para todos”, afirmou.