Linha comercial com Angola é ampliada no Porto de Paranaguá 29/10/2007 - 10:50

A parceria comercial entre o Porto de Paranaguá e a armadora italiana Grimaldi para exportação de veículos para Angola acaba de ser ampliada. Agora, além dos navios que partem de Paranaguá com destino a Luanda a cada 28 dias, também serão despachados para Angola caminhões da Renault fabricados em Montevidéu (Uruguai).
A operação para receber os caminhões uruguaios é diferenciada. De acordo com o superintendente dos portos Eduardo Requião, a carga vem de navio do Uruguai e, ao chegar em Paranaguá, é descarregada e armazenada na área primária do Porto. “Não é preciso fazer a nacionalização do produto, reduzindo os custos de operação. Desta forma, estamos inaugurando em Paranaguá operações típicas de hubports (portos de distribuição de cargas)”, explicou.
Helder Malaguerra, diretor da Grimaldi, explica que esta nova remessa de caminhões do Uruguai para Angola só foi possível porque Paranaguá também atua como hubport. “Acredito que todos estes diferenciais são muito importantes porque, quando houver ofertas futuras, o Porto de Paranaguá também será uma alternativa”, disse.
De acordo com Malaguerra, serão despachados para Luanda 120 caminhões Renault vindos do Uruguai. A primeira remessa, contendo 24 veículos pesados, sairá de Montevidéu no dia 6 de novembro, com previsão de chegada a Paranaguá no dia 11 de novembro. Depois disso, a carga seguirá para Luanda.
Ampliação - Desde o estabelecimento da rota Paranaguá-Angola no final do mês de julho, quatro navios já atracaram em Paranaguá com destino a Luanda. No último dia 16, o quinto navio da rota Paranaguá-Luanda terminou de operar no Porto. O navio Fast Arrow, de bandeira maltesa e que é do tipo roll-on/roll-off (que conta com rampa na popa ou na proa, por onde os veículos entram e saem de bordo diretamente para o cais), levou 40 veículos pesados para Luanda, entre eles chassis, traillers de reboque, caminhões e ônibus.
Para o ano que vem, a Grimaldi pretende reforçar a linha africana, ampliando as movimentações também para a Nigéria. “Este é momento ideal de abrir uma linha direta para a África. No caso de Angola, após a guerra civil, o país tornou-se um mercado promissor. E em toda África isso pode ser observado. O produto brasileiro é adequado a países em desenvolvimento para onde são enviados tratores, caminhões e ônibus”, afirma Miguel Malaguerra, diretor de operações da Grimaldi.