Governo e iniciativa privada lançam Corredor de Congelados do Paraná 13/03/2008 - 12:00

O ministro da Agricultura Reinhold Stephanes e o governador Roberto Requião participam do lançamento nesta sexta-feira (14), em Paranaguá

O ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, o governador Roberto Requião e o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, lançam nesta sexta-feira (14) o projeto Corredor de Congelados do Paraná, ação que une os Governos Federal, Estadual e a iniciativa privada para deslocar para os portos de Paranaguá e Antonina o eixo das exportações de carnes brasileiras.

O lançamento do Corredor acontecerá em parceria com seis das principais empresas que atuam no ramo de congelados no Paraná: Terminal Ponta do Félix, Martini Meat, Standard Logística, América Latina Logística (ALL), Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) e Wilson, Sons. O objetivo é oferecer logística e armazenagem aos exportadores e, assim, garantir volume de carga e interesse dos armadores em fazer escalas nos portos paranaenses.

Com o Corredor de Congelados do Paraná, a meta é fazer com que os terminais portuários ofereçam maior capacidade para recepção, armazenagem, embarques e clientela suficiente para fazer do Estado do Paraná um dos principais pólos exportadores de carne do Brasil. A meta é incrementar as exportações pelos portos paranaenses, ampliando inicialmente em 50 mil toneladas por mês o embarque de carnes congeladas.

Em 2007, das 3.169.000 toneladas de carne de frango exportadas no Brasil, 44% saíram por Santa Catarina, 35% pelo Paraná e 7% por São Paulo. Dos suínos, das 538.000 toneladas de carne exportadas, 67% saíram por Santa Catarina, 16% pelo Paraná e 1% por São Paulo. Já com relação à carne bovina, das 1.862.000 toneladas de carne exportadas em 2007, apenas 5% saíram pelo Paraná, 16% por Santa Catarina e 77% por São Paulo.

Vantagens - Entre as principais vantagens competitivas dos portos do Paraná está a existência de seis berços dedicados à operação de congelados (quatro em Paranaguá e dois em Antonina), pátio de armazenagem de contêineres em zona primária com 370.000 metros quadrados, capacidade de armazenagem frigorífica para 58.000 toneladas e ramal ferroviário em zona primária, com operações diárias.

Além disso, a partir desta sexta-feira (14) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai ter novas instalações na zona primária para descentralizar e agilizar os processos de inspeção e fiscalização. O atendimento será ininterrupto numa sede moderna, construída e mobiliada pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), com 262 m2.

As janelas públicas de atracação também são apontadas como vantagens dos portos paranaenses. Em funcionamento oficial desde novembro do ano passado, as janelas apresentam índices de cumprimento de quase 80%, resultando em baixo índice de cancelamentos de navios e redução no tempo de espera para atracação.

Projeto - A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) já está licitando o projeto básico para a construção do terminal público de congelados no cais comercial do Porto de Paranaguá. A estrutura vai ampliar as exportações de carnes de aves, bovinos e suínos num complexo com capacidade estática para 16 mil toneladas, que vai atender principalmente à produção paranaense de aves, que é líder nacional no segmento.

“Este novo terminal agilizará o fluxo de navios, sem esperas. Para isso, precisamos de um grande volume de cargas. Na medida em que transformamos os portos, alavancamos a economia do Paraná. Quanto maior for a velocidade oferecida pelos nossos portos, teremos uma eficiência maior e custos mais baixos”, declarou Eduardo Requião.