Força-tarefa evitou que desmoronamento de silo causasse danos maiores em Paranaguá 05/11/2007 - 14:00

O trabalho conjunto entre a Guarda Portuária, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Companhia Brasileira de Logística (CBL) evitou que a ruptura do silo da empresa seguida pelo desmoronamento ocorrido na manhã desta segunda-feira (05), em Paranaguá, causasse danos maiores.
Desde sexta-feira (02) quando as rachaduras começaram a ser percebidas no silo, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil foram acionados. A Guarda Portuária da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) ficou responsável por isolar a área e fazer o controle de acesso. A coordenação dos trabalhos ficou à cargo do Corpo de Bombeiros. Um grupo de sete guardas portuários foi designado para trabalhar na operação, 24 horas por dia.
Um plano conjunto foi estabelecido entre o departamento operacional de CBL e o setor de operações da Appa. De acordo com Cláuber Candian, chefe do Departamento de Operações do Porto, a saída encontrada para facilitar a retirada do milho armazenado no silo foi adiantar todos os lotes da CBL que estavam programados para serem embarcados nos navios.
“Demos preferência para os lotes da empresa e dispusemos duas correias para realizar o transbordo da carga. Parte da carga foi mandada direto para um navio que estava atracado no cais e outra parte foi escoada para os demais armazéns da CBL”, explicou Candian.
“Na manhã de hoje (segunda-feira), quando o técnico de segurança da Appa percebeu a inclinação do silo, decidimos parar toda a atividade no local (de transbordo) e isolar completamente a área. Cerca de 30 minutos depois, o silo desabou”, relatou o guarda portuário que está coordenando os trabalhos no local, Ivan Plantes Machado.
Operação - De acordo com o chefe do Corpo de Bombeiros no Litoral, major Edemilson de Barros, a união de todos os órgãos evitou problemas maiores. “Conseguimos tirar mais de 50% da carga que estava no silo e a estrutura continuava apresentando sinais de deterioração. Como nós havíamos estimado, a queda não causou vítimas porque o local estava completamente isolado e não prejudicou outras estruturas vizinhas”, disse.
A área continua isolada para o trabalho da perícia. Segundo o major Barros, depois disso, a área será liberada para que a CBL retire todo o material que desabou e as atividades possam ser restabelecidas. O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), que está localizado bem em frente ao silo que desabou, teve ser acesso principal bloqueado mas continua operando normalmente por meio de um acesso secundário. As demais operações do Porto de Paranaguá também estão sendo realizadas normalmente.

Abaixo nota de esclarecimento da empresa CBL:
Desmoronamento de silo no terminal da CBL em Paranaguá
A Companhia Brasileira de Logística (CBL), terminal privado que opera desde 2000 no corredor de exportação do Porto de Paranaguá, informa:
- Às 9h desta segunda-feira, 5 de novembro, o silo que apresentou fissuras desde a sexta, dia 2, desmoronou.
- O desmoronamento aconteceu quando a retirada da carga estava em sua fase final e atingiu o nível da fissura, na parte de baixo do silo.
- Cerca de 2/3 da carga de 14,6 mil toneladas de milho que estavam no silo já havia sido retirada e transsilada para o armazém da CBL.
- A CBL fará o mapeamento de quanto de milho ainda restou no silo e avaliará até a tarde de hoje (5) se esta carga poderá ser retirada e aproveitada.
- Aparentemente, as fitas de expedição (que transportam o milho do silo para o armazém) foram preservadas.
- Não houve feridos, já que a área estava toda isolada pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros, que desde a madrugada da sexta-feira, 2, têm dado todo o apoio à CBL e garantido, junto com a equipe da CBL, as condições de segurança para a operação no terminal.
- A operação de retirada do milho, iniciada na tarde de sábado (3), transcorreu com sucesso e graças a isso o desmoronamento não causou maiores estragos, restando pouca carga no interior da construção.
- Toda a carga movimentada no terminal da CBL é segurada, de modo que seus clientes podem ficar tranqüilos quanto aos seus produtos.
- A CBL aguarda até a tarde desta segunda-feira (5) o pronunciamento da Construtora Vasconcellos Tecnologia em Engenharia Civil Ltda com os motivos que levaram à fissura do silo e, agora, ao seu desmoronamento.
- Esse é primeiro de um total de três novos silos que vão permitir um aumento de 75% na capacidade de armazenagem do terminal, podendo, juntos, receber até 55 mil toneladas de grãos. Com isso, a empresa passará a armazenar de uma só vez 130 mil toneladas de granéis sólidos.
- Quando da entrega do primeiro silo, vistoriado pela construtora e liberado para uso de acordo com as normas internacionais de segurança, a CBL iniciou a fase de testes. Fez, então, uma carga de 12 mil toneladas de milho, que foram armazenados e descarregados normalmente. Essa operação aconteceu em 23/10/2007.
- A carga que estava no silo foi a segunda desde a sua inauguração.
- A CBL está acompanhando toda a movimentação, monitorando o silo 24h/dia e disponibilizando toda sua equipe de profissionais para a busca das melhores soluções possíveis na resolução dos problemas apresentados.
- Essa é a primeira vez que ocorre um problema dessa natureza no terminal da CBL.
- Desde que foi fundada, em 2000, a empresa tem realizado diversos investimentos para melhoria do terminal, construindo novos silos, instalando os maiores tombadores de caminhão da América Latina e proporcionando as melhores opções de recepção, armazenagem e expedição para seus clientes.
- A empresa prestará esclarecimentos à medida que tiver novas informações sobre o problema ocorrido em seu novo silo.

Diretoria da CBL