Estagiária da Portos do Paraná estreia como escritora e lança primeiro romance 03/04/2024 - 15:11

Vitória Mariano trata de relações abusivas com seu “A Queda das Margaridas – Volume 1”, já disponível em versões impressas e digital

A vida nada fácil da personagem Lívia Leblanc tem um pouco da autora parnanguara Vitória Mariano e de tudo que ela viveu e presenciou apesar de ainda ser muito jovem. Estudante de Direito e estagiária da Portos do Paraná, ela acaba de se lançar na carreira de escritora e quer mostrar ao mundo que relações abusivas precisam, e muito, ser discutidas pela sociedade. O livro “A Queda das Margaridas – Volume 1” retrata esses abusos que a protagonista sofre e precisa curar se livrando ou mudando as pessoas que lhe causam tanto mal.

“A gente acha que é muito fácil olhar de fora depois que a pessoa já passou por aquilo e ela mesma já enxergou e diz ‘chega’, mas a gente não vê como a pessoa está dentro daquilo e foi isso que eu tentei passar no livro, o que acontece até o ponto em que ela descobre que aquilo não está certo. Ela está numa relação amorosa e não consegue enxergar o que está acontecendo e acaba se culpando por tudo o que acontece e, na parte da família, ela não sabe sair daquele meio”, aponta Vitória.

Todo o enredo se passa no estado norte-americano da Califórnia, onde Vitória projetou um pouco de si e do que já viu e viveu no dia a dia. “Eu fiz um curso de extensão online na Universidade da Califórnia, achei legal a dinâmica do curso e comecei a pesquisar mais sobre a Universidade, fui olhando melhor esse ambiente e como não tinha um lugar específico para a história achei que seria uma boa ambientação”, justifica a estudante de Direito.

Nesse cenário, vieram os personagens e a protagonista Lívia. “A personagem principal surgiu muito de mim, não o que acontece na história, mas reflexo da minha personalidade e os outros eu fui desenvolvendo. Eu não queria que fosse um romance como qualquer outro porque eu bato muito no ponto da relação abusiva, não só o relacionamento romântico, mas de família também. Pego traumas de infância, amnésia dissociativa”, revela.

De acordo com a escritora, o livro começou a ser pensado cerca de seis anos atrás, teve até uma versão anterior que ela acabou não gostando muito, foi refeito até chegar no resultado final que chegou às lojas. “Achei que não passou a mensagem que eu queria e aí eu reformulei ele para passar aquilo que eu estava esperando, para mostrar aquilo que realmente está na cara da gente nessa versão da história e, agora, ele foi lançado com outro nome e outra cara”, justifica.

A mudança deu tão certo que quatro editoras aprovaram o original e ela assinou contrato com a Editora Viseu, de Maringá. E a vontade que surgiu quando criança se tornou realidade. “Escrever? Desde pequena, sempre gostei e sempre me dei bem. Nas aulas de português, sempre foi minha área, sempre gostei de escrever e faz seis anos que comecei a ter ideias, jogar no computador como quem não quer nada, escrever à mão mesmo quando vinha alguma ideia até juntar tudo e virar o que é agora”, relembra.

No momento, ela está no terceiro ano de Direito na Universidade Tuiuti do Paraná. “Estudar Direito me ajudou bastante. Meu professor de Direito Penal, Murilo Pereira Jorge, do segundo período me inspirou muito nessa parte, de tocar nisso de maneira mais consciente”, agradece a estagiária da Procuradoria de Contencioso da Diretoria Jurídica da Portos do Paraná. Fã de livros de suspense e crimes, ela já prepara o Volume 2 e quem quiser o Volume 1 pode acessar as principais plataformas de venda online e adquirir a obra impressa ou mesmo a versão digital.

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