Appa prepara programa social para realocação de famílias em área de risco 04/10/2007 - 13:10
As 400 famílias que moram na Vila Becker, localizada nas proximidades do Terminal Público de Álcool de Paranaguá, serão realocadas para áreas disponibilizadas pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) ou receberão um apoio financeiro para deixar o local. A proposta foi feita pelo superintendente Eduardo Requião à comissão de moradores, que esteve acompanha do coordenador da macrorregião do Litoral, Mário Roque, e do presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap), Yahia Hamud.
"Nosso papel é o de dar melhores condições de vida àquelas pessoas que, durante anos, viram o crescimento das empresas comprimir o bairro, tornando a situação mais complicada para quem vive lá há décadas", declarou o superintendente. Na reunião com os moradores, Eduardo Requião pediu aos moradores algumas propostas para a desocupação da área. No Plano Diretor da cidade, a Vila Becker é destinada à implantação de indústrias. A realocação pretendida por alguns acontecerá, segundo o dirigente portuário, assim que os próprios moradores definirem em que patamares de valores podem ser avaliados seu imóveis.
Para o coordenador da macrorregião do Litoral, Mário Roque, o encontro entre a comunidade e a administração dos portos trouxe ótimos resultados. "A comunidade pôde saber de que forma o Porto poderá ajudar quem vive nesta área de risco. Eu fico feliz quando vejo que há boa vontade para se resolver um problema do povo. Observo que o Governo do Estado está preocupado com os mais humildes e o Porto está ouvindo o povo. Todos saíram satisfeitos", frisou Roque.
O comerciante Ronaldo Miranda Pinto mora na Vila Becker há 10 anos e disse que o diálogo aberto com o Porto de Paranaguá foi primordial. "Muitas pessoas tinham uma visão errada e hoje, com essa reunião, muitas dúvidas foram elucidadas. Tenho uma expectativa positiva porque o superintendente Eduardo Requião deu um respaldo muito bom para nós e acho que chegaremos a um consenso. Conversamos com a pessoa certa", disse o morador.
Para o presidente da Aciap, Yahia Hamud, a reunião foi muito produtiva. "Tive a honra de participar desta reunião e confesso que fiquei admirado pela maneira positiva com que a reunião fluiu. A conversa foi produtiva porque tranqüilizou os moradores. A maneira serena com que foi conduzida a reunião esclareceu todas as preocupações. Achei que a abertura que o Porto está dando tem um cunho extremamente social. Testemunhei notícias baseadas em boatos e hoje houve o esclarecimento da real situação", destacou Hamud.
Diálogo - A realocação dos moradores da Vila Becker é uma situação aguardada há anos, conforme lembrou o vereador Eduardo Oliveira, que esteve na reunião. "Nunca houve interesse de qualquer autoridade para a realocação dos moradores, que sofrem há anos com a poluição, com a malha ferroviária construída nos fundos do bairro e os alagamentos. Hoje, já se vislumbra uma nova realidade a partir do diálogo com o superintendente Eduardo Requião. Acredito que estamos num bom caminho para que a comunidade seja realocada com respeito, dignidade e diálogo", salientou o vereador.
Em 10 dias, a comitiva retornará com o levantamento dos valores dos imóveis e a escolha de cada morador sobre a realocação ou apoio financeiro para deixar a área. "Quem tem coragem de encarar a comunidade deve ter um voto de louvor. Até hoje a comunidade só tem ouvido a terceiros e notícias de pessoas que não conhecem a realidade", finalizou o vereador Eduardo Oliveira, morador do bairro.
Terminal será inaugurado no próximo dia 23
A instalação do Terminal Público de Álcool motivou a superintendência dos Portos do Paraná a buscar junto à comunidade uma solução para a área ocupada e cercada por grandes empresas que movimentam cargas perigosas, como Cattalini, Transpetro, Fospar, Mosaik e União Vopak. O terminal é a primeira estrutura pública do Brasil voltada à exportação de álcool e será inaugurado dia 23 de outubro, com a presença do governador Roberto Requião. O investimento foi feito com recursos da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), que aplicou R$ 13,7 milhões no terminal.
O terminal paranaense tem sete tanques com capacidade de armazenamento de 35 milhões de litros no total e conseguirá descarregar todo o álcool armazenado para o navio em 48 horas, o que significa que 15 navios de 35 milhões de litros cada poderão ser carregados por mês em Paranaguá. O local conta com balanças, salas de operação, laboratório e sete tanques com capacidade para 37 mil m³ cada, um para acondicionamento de água e outro para armazenamento de lubrificantes a serem utilizados no próprio terminal.
O terminal foi erguido numa área de 32 mil m² sendo que ainda há 33 mil m² de área para construção de novos tanques. O terminal é ligado ao píer público por meio de quatro quilômetros de dutos subterrâneos feitos de aço, instalados paralelamente à linha de embarque da Petrobrás. As obras incluem, ainda, bacias de contenção, plataforma de carregamento, arruamento e pavimentação, casa de bombas e subestação.
"Nosso papel é o de dar melhores condições de vida àquelas pessoas que, durante anos, viram o crescimento das empresas comprimir o bairro, tornando a situação mais complicada para quem vive lá há décadas", declarou o superintendente. Na reunião com os moradores, Eduardo Requião pediu aos moradores algumas propostas para a desocupação da área. No Plano Diretor da cidade, a Vila Becker é destinada à implantação de indústrias. A realocação pretendida por alguns acontecerá, segundo o dirigente portuário, assim que os próprios moradores definirem em que patamares de valores podem ser avaliados seu imóveis.
Para o coordenador da macrorregião do Litoral, Mário Roque, o encontro entre a comunidade e a administração dos portos trouxe ótimos resultados. "A comunidade pôde saber de que forma o Porto poderá ajudar quem vive nesta área de risco. Eu fico feliz quando vejo que há boa vontade para se resolver um problema do povo. Observo que o Governo do Estado está preocupado com os mais humildes e o Porto está ouvindo o povo. Todos saíram satisfeitos", frisou Roque.
O comerciante Ronaldo Miranda Pinto mora na Vila Becker há 10 anos e disse que o diálogo aberto com o Porto de Paranaguá foi primordial. "Muitas pessoas tinham uma visão errada e hoje, com essa reunião, muitas dúvidas foram elucidadas. Tenho uma expectativa positiva porque o superintendente Eduardo Requião deu um respaldo muito bom para nós e acho que chegaremos a um consenso. Conversamos com a pessoa certa", disse o morador.
Para o presidente da Aciap, Yahia Hamud, a reunião foi muito produtiva. "Tive a honra de participar desta reunião e confesso que fiquei admirado pela maneira positiva com que a reunião fluiu. A conversa foi produtiva porque tranqüilizou os moradores. A maneira serena com que foi conduzida a reunião esclareceu todas as preocupações. Achei que a abertura que o Porto está dando tem um cunho extremamente social. Testemunhei notícias baseadas em boatos e hoje houve o esclarecimento da real situação", destacou Hamud.
Diálogo - A realocação dos moradores da Vila Becker é uma situação aguardada há anos, conforme lembrou o vereador Eduardo Oliveira, que esteve na reunião. "Nunca houve interesse de qualquer autoridade para a realocação dos moradores, que sofrem há anos com a poluição, com a malha ferroviária construída nos fundos do bairro e os alagamentos. Hoje, já se vislumbra uma nova realidade a partir do diálogo com o superintendente Eduardo Requião. Acredito que estamos num bom caminho para que a comunidade seja realocada com respeito, dignidade e diálogo", salientou o vereador.
Em 10 dias, a comitiva retornará com o levantamento dos valores dos imóveis e a escolha de cada morador sobre a realocação ou apoio financeiro para deixar a área. "Quem tem coragem de encarar a comunidade deve ter um voto de louvor. Até hoje a comunidade só tem ouvido a terceiros e notícias de pessoas que não conhecem a realidade", finalizou o vereador Eduardo Oliveira, morador do bairro.
Terminal será inaugurado no próximo dia 23
A instalação do Terminal Público de Álcool motivou a superintendência dos Portos do Paraná a buscar junto à comunidade uma solução para a área ocupada e cercada por grandes empresas que movimentam cargas perigosas, como Cattalini, Transpetro, Fospar, Mosaik e União Vopak. O terminal é a primeira estrutura pública do Brasil voltada à exportação de álcool e será inaugurado dia 23 de outubro, com a presença do governador Roberto Requião. O investimento foi feito com recursos da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), que aplicou R$ 13,7 milhões no terminal.
O terminal paranaense tem sete tanques com capacidade de armazenamento de 35 milhões de litros no total e conseguirá descarregar todo o álcool armazenado para o navio em 48 horas, o que significa que 15 navios de 35 milhões de litros cada poderão ser carregados por mês em Paranaguá. O local conta com balanças, salas de operação, laboratório e sete tanques com capacidade para 37 mil m³ cada, um para acondicionamento de água e outro para armazenamento de lubrificantes a serem utilizados no próprio terminal.
O terminal foi erguido numa área de 32 mil m² sendo que ainda há 33 mil m² de área para construção de novos tanques. O terminal é ligado ao píer público por meio de quatro quilômetros de dutos subterrâneos feitos de aço, instalados paralelamente à linha de embarque da Petrobrás. As obras incluem, ainda, bacias de contenção, plataforma de carregamento, arruamento e pavimentação, casa de bombas e subestação.