Appa denuncia representante da Coamo por conduta inadequada 09/11/2007 - 10:00

O superintendente dos portos Eduardo Requião enviou ofício ao presidente da Coamo, José Gallassini, relatando que o representante da cooperativa na cidade, Airton Galinari, tem tido uma conduta inadequada no Porto de Paranaguá. No ofício, o dirigente portuário aponta como exemplo o descontrole de Galinari numa reunião para programação de operações no porto, corrida na última semana.

Após ter seu pleito recusado por representantes da Appa, Galinari passou a insultá-los, sendo necessário a intervenção da Guarda Portuária para sua retirada do ambiente. O alvo da discussão foi a manutenção do Complexo Corredor de Exportação, que estava a cargo dos operadores que utilizam o sistema. O prazo estipulado pela Appa para a entrega da manutenção foi o último dia 06 de setembro, no entanto, até o momento, o serviço não foi concluído.

Galinari então pediu que o berço 213 pertencente ao Corredor de Exportação, voltasse a operar mesmo sem que a manutenção estivesse completa e que todos os navios da Coamo fossem atendidos. Após embarcar suas cargas, Galinari sugeriu que o berço fosse paralisado por mais 25 dias para a conclusão da manutenção.

“Estamos utilizando a imprensa para comunicar aos cooperados da Coamo como age seu representante já que a Cooperativa não forneceu a lista de seus filiados. A Coamo é motivo de orgulho ao povo paranaense e não pode ter seu nome usado como escudo para proteger e ocultar ações pessoais”, afirmou Eduardo Requião.

Corredor – A Appa exigiu a conclusão da manutenção do Corredor de Exportação e, para isso, deu um prazo de 90 dias, que venceu há 60 dias. A medida foi necessária porque, após anos sob responsabilidade dos operadores usuários do sistema, falhas por falta de manutenção ocasionaram um acidente num dos ship loaders responsável pelo embarque de grãos, afetando as exportações pelo Porto de Paranaguá.

A manutenção do Corredor de Exportação tem sido alvo de ações judiciais da Appa, que tenta ter acesso aos valores pagos pelos usuários para a formação de um fundo responsável pela manutenção e modernização do complexo. Os operadores portuários responsáveis pelo Corredor ficaram autorizados a cobrar US$ 0,40 por tonelada embarcada como forma de remunerar este fundo. No entanto, o estado em que o complexo encontra-se, denuncia que esta manutenção não ocorreu.