Silos públicos do Porto de Paranaguá voltam a receber cargas 27/01/2020 - 11:56

Depois de reformas e um ostensivo controle de pragas, os silos públicos horizontais do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá voltam a receber carga. Localizados no cais, em frente aos berços 212 e 213, os armazéns são destinados ao farelo de soja. A expectativa dos operadores é movimentar 120 mil toneladas do produto pela estrutura pública, nestes três primeiros meses do ano.

Como explica a Divisão de Silos da Diretoria de Operações da Portos do Paraná, as estruturas receberam obras mecânicas, elétricas e civil. “Após a execução dos trabalhos nos armazéns, o que se tem são melhores condições de higiene e armazenagem, que mantêm a qualidade dos produtos. Além disso, garantimos um ambiente melhor para os trabalhadores”, afirma Luis Douglas Henrique, da Divisão de Silos.

São quatro armazéns, com capacidade de 15.000 toneladas cada, totalizando 60.000 toneladas de capacidade estática. Atualmente, essas estruturas públicas do complexo são usadas pelas empresas Céu Azul, Grano, Gransol, Marcon, Sulmare, Tibagi e Transgolf, na movimentação do farelo de soja.

Já estão liberados para recebe o farelo, os armazéns 13F e 13A. A previsão é que os outros dois estejam prontos até o dia 10 de fevereiro.

Durante todo o ano de 2019, pelos silos públicos, passaram cerca de 750.000 toneladas de farelo de soja. Só nos primeiros três meses, foram 192.445 toneladas.

CAMINHO - Para descarregar nos silos públicos, assim como nos demais terminais do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, os caminhões com o produto devem ser cadastrados na origem (pelo sistema carga-online). Quando chega no pátio de triagem, o recebimento e a qualidade do produto são verificados pela Codapar.

Após tudo está conferido e de acordo, o caminhão se dirige para as moegas do Silo Público, onde vai descarregar. O produto segue por correias transportadoras até os armazéns do cais, percorrendo aproximadamente 350 metros.

Cada caminhão tem capacidade para carregar até 36 toneladas do produto. Os vagões, 55 toneladas. O tempo de descarga do caminhão é de até 22 minutos. Já os vagões levam 16 minutos para serem descarregados. Nas moegas públicas, é possível descarregar simultaneamente até seis caminhões e dois vagões.

OPERADORES – Além dos operadores dos silos públicos, outras empresas movimentam o farelo de soja pelo Porto de Paranaguá. Essas têm terminais próprios, integrados ao Corredor. São a Cargill, Centro sul, Coamo, Cotriguaçu e Louis Dreyfus. Fora do corredor, no Porto de Paranaguá, o farelo de soja também é movimentado pela Bunge.

O caminhão ou vagão que descarrega o produto nos terminais privados seguem o mesmo caminho e os mesmos protocolos que os recebidos pelo terminal público. A expectativa dos demais operadores, juntos, é movimentar 1.165.000 toneladas de farelo de soja neste primeiro trimestre – 16,5% a mais que o volume movimentado do produto, no período, no ano passado. No primeiro trimestre, em 2019, foram exportadas cerca de um milhão de toneladas de farelo de soja por essas empresas.

GRANÉIS – Somando o farelo de soja aos demais granéis sólidos de exportação – Soja em grãos, milho, farelo de milho (DDGS) e açúcar – a expectativa dos operadores – é movimentar um total de cerca de 5,5 milhões de toneladas de janeiro a março, este ano. O volume seria 20% maior o movimentado nos primeiros três meses, em 2019 (4,6 milhões de toneladas).

ANTONINA - No Porto de Antonina, o farelo de soja é exportado pela Terminais Portuários da Ponta do Félix (TPPF). Segundo a operadora, por lá o produto começa a ser embarcado a partir de março, acompanhando a produção da indústria. De acordo com a projeção da empresa, neste primeiro trimestre devem ser exportadas cerca de 40 mil toneladas do produto, volume próximo do movimentado no período, em 2019.

Durante todo o último ano, foram embarcadas 300.073 toneladas de farelo por Antonina. O volume é 18% a mais que o movimentado em 2018 (253.788 toneladas). No primeiro trimestre, 47.284 toneladas foram movimentadas no mês de março; em janeiro e fevereiro não teve exportação do produto.

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