Portos respondem por 84% das exportações de óleo de soja 01/05/2020 - 10:50

84% das exportações de óleo de soja brasileiras são feitas pelos Portos do Paraná. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O setor se mantém aquecido, mesmo com a pandemia do coronavírus. Em abril, os dados iniciais apontam para um aumento de 12% no volume de exportado. Já são 73,1 mil toneladas, ante 65,5 mil comercializadas no mesmo mês de 2019.

O óleo de soja é o principal líquido de origem vegetal movimentado pelos terminais paranaenses. “Nas operações de granéis líquidos, em geral, o Estado se destaca. Além de eficiência e produtividade dos operadores e da programação, temos uma capacidade estática, de mais de um milhão de metros cúbicos, que atrai muito”, diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

No primeiro trimestre de 2020, 198.133 toneladas de óleo vegetal foram exportadas pelo Porto de Paranaguá. Aumento de 65% na comparação com o mesmo período de 2019. O maior volume comercializado tem origem no próprio Estado. Mas também são escoadas parte da produção do Mato Grosso e Goiás. Em menor quantidade, também chegam produtos do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Os principais destinos da carga são a China e a Índia. O produto, que é exportado na forma “degomada”, ou seja, sem passar pelo refino (sendo refinado no país comprador), é destinado para o consumo humano, produção de rações para consumo animal e outras indústrias.

CRESCENTE – As projeções para o segundo semestre são positivas, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). A estimativa é que o país exporte cerca de 500 mil toneladas do produto.

No Porto de Paranaguá, duas empresas operam óleo vegetal: Cattalini e a União Vopak. Nesta semana, cinco navios são esperados para embarcar mais de 57,7 mil toneladas de óleo de soja.

“O câmbio está muito favorável às exportações. Outro fator que faz aumentar as exportações é a queda no consumo interno e externo de diesel e biodiesel”, explica José Paulo Fernandes, diretor da Cattalini. Neste mês, a empresa registrou recorde na armazenagem de granéis em um único dia.

Em 24 horas foram 7,1 mil metros cúbicos de produtos carregados e descarregados nos tanques.

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